sexta-feira, abril 19, 2024
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Ex-deputados federais são presos na Lava Jato

A Polícia Federal (PF) cumpre a 11ª fase da operação da Lava Jato na manhã desta sexta-feira (10) em seis estados brasileiros e no Distrito Federal. De acordo com os policiais, serão cumpridos sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

Os seis estados envolvidos nesta fase são Paraná, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. A ação foi batizada de “A Origem”.

Ao G1, a PF confirmou que um dos presos é o ex-deputado André Vargas (hoje sem partido). Ele foi detido em um condomínio residencial de alto padrão em Londrina, no norte do Paraná.

Veja a lista de presos:

André Vargas, ex-deputado pelo PT, foi preso em Londrina;
Leon Vargas, irmão de André Vargas, preso em Londrina;
Luiz Argôlo (SDD-BA), ex-deputado, preso em Salvador;
Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo, presa em Salvador;
Pedro Corrêa (PP-PE), ex-deputado que já cumpre prisão pelo mensalão do PT no Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho (PE), em regime semiaberto;
Ivan Mernon da Silva Torres foi preso em Niterói;
Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade em Curitiba, foi preso em Brasília.

Todos os presos serão levados para a superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
O processo da Lava Jato relacionado ao ex-deputado André Vargas estava em Brasília, no Supremo Tribunal Federal (STF), porém, retornou para a primeira instância, em Curitiba, depois que Vargas teve o mandato cassado, em dezembro de 2014, por quebra de decoro parlamentar. Desta forma, ele perdeu também o chamado foro privilegiado.

Vargas é investigado por ter usado um avião alugado pelo doleiro Alberto Youssef. Segundo a Polícia Federal, o doleiro chefiou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões. Vargas também é suspeito de ter cometido tráfico de influência ao intermediar um contrato entre o laboratório Labogen e o Ministério da Saúde, a pedido de Youssef.

Caminhonete utilizada na prisão de André Vargas pertencia ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ela foi apreendia e destinada à PF (Foto: Divulgação/PF)
Caminhonete utilizada na prisão de André Vargas pertencia ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ela foi apreendia e destinada à PF (Foto: Divulgação/PF)

 

Entenda a operação

A Operação Lava Jato foi deflagrada pela PF em março e 2014 e investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A última fase da operação foi deflagrada no dia 16 de março deste ano e cumpriu 18 mandados judiciais. No dia 27 de março, duas pessoas foram presas em São e no Rio de Janeiro.

No entanto, a ação não configurou como uma nova etapa da operação.

A atual fase da investigação foi feita a partir da remessa das apurações do Supremo Tribunal Federal sobre fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes político.

Os crimes investigados nesta fase, conforme a PF, são: organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

A investigação desta fase também abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos ocorridos em outros órgãos públicos federais, segundo a PF.

G1

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