DENÚNCIA ANÔNIMA
O município de Ingá recebeu hoje uma inspeção do fiscal federal agropecuário, Vandenberg Barbosa Braz, servidor do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, em atendimento a uma denúncia anônima de um cidadão que relatou a situação de um abatedouro de aves clandestino na cidade, cujas as carcaças e restos dos animais eram jogados em terreno baldio por trás deste estabelecimento, no que vinha prejudicando a comunidade, além de atuar de forma ilegal.
O fiscal federal procurou a prefeitura e o órgão municipal responsável pela fiscalização deste tipo de atividade, sendo recebido pela Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Dra. Maria Aparecida Menezes, que o acompanhou na inspeção do estabelecimento denunciado, no qual foi constatado as irregularidades apresentadas na denúncia, e outras como a utilização de equipamentos inadequados, utensílios sem condições de higiene, forma de abate em desacordo com os princípios do bem-estar animal, condições inadequadas de reservatório de água, entre outros itens, além da falta de cadastro municipal e inspeção veterinária por profissional habilitado.
ABATEDOUROS INTERDITADOS
Diante da informação do proprietário de que todos os abatedouros de aves de Ingá trabalham desta mesma forma, o fiscal Vandemberg e diretora Aparecida foram inspecionar outros abatedouros clandestinos e mercadinhos sendo constatado a mesma situação. Três destes estabelecimentos receberam notificação para suspender as atividades imediatamente, todos pertencentes a mercadinhos (Quinho, Orlando e Belo). Os demais serão inspecionados também em outro momento.
O MODO LEGAL
O fiscal informou que para ter direito a atividade de abate de animal, o estabelecimento tem que agir conforme a lei determina, ou seja, em e prédio localizado fora do perímetro urbano com equipamentos e utensílios adequados, respeitando as normas higiênico-sanitárias, inscrição legal e inspeção veterinária. Podendo ter sua atividade isoladamente ou reunidos em cooperativa.
AÇÃO TÉCNICA SEM INTERFERÊNCIAS POLÍTICAS
Por ocasião da fiscalização, a Dra. Aparecida esclareceu aos comerciantes e a população de que não se trata de nenhuma ação que envolva motivação político-partidária que por ventura alguém venha insinuar ou ventilar, até porque a responsabilidade da vigilância municipal se restringe a produtos alimentícios, cabendo a fiscalização de abates de animais ao Ministério da Agricultura, cujo fiscal recebemos hoje em nosso município e ficamos honrados em poder acompanha-lo nesta inspeção, tendo como objetivo oferecer melhor qualidade de vida à população enquanto executora de política de saúde pública.
Indagada quanto a questão da interdição provocar uma situação de possível desemprego no setor, Aparecida afirmou que entende as dificuldades dos estabelecimentos, porém se verificou que os trabalhadores responsáveis pelo abete de aves são os mesmos que trabalham na parte comercial, portanto não haverá problemas quanto a isso. Além disso, se constatou que as condições destes trabalhadores também são totalmente inadequadas, tendo inclusive em alguns estabelecimentos apresentado o risco de choque elétrico em razão da má qualidade das instalações elétricas que oferecerem perigo permanente a estes. “Melhor vender com qualidade, higiene e segurança, pois assim será melhor para todos, comerciantes e população”. Finalizou Aparecida.
Estima-se que cerca de 12 estabelecimentos ingaenses estejam nesta situação.
Inga Cidadao
