A população ingaense se deparou estarrecida hoje pela manhã com mais um ato de extrema violência, desta vez a vítima foi uma autoridade policial.
A diretora da cadeia de Ingá, Córdula Veloso Borges, popularmente conhecida como Cordinha, ao sair de casa por volta das 7 horas da manhã, próximo ao sítio Caiçara, onde mora, ás margens da BR 230, foi perseguida por bandidos e assassinada a tiros.
De acordo com o soldado P. Santos, da Polícia Militar de Ingá, o crime aconteceu por volta das 7h. A vítima foi encontrada por pessoas que passavam pela rodovia. A polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, mas a diretora da cadeia não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.
Segundo portais de notícias do Estado, que as primeiras informações dão conta que Córdula Veloso saía da sua residência com mais cinco pessoas dentro do veículo que sempre dava carona, quando um outro carro emparelhou com o dela na BR-230 em frente ao Restaurante do Gringo, e um homem ainda não identificado efetuou diversos disparos de arma de fogo em direção de Córdula, acertando quatro tiros na diretora que ainda estava com o carro em movimento. A vítima ainda conseguiu controlar o carro e parar no acostamento.
Há informações ainda não confirmadas que outra pessoa foi atingida de raspão, mas passa bem. No carro vinha também seu neto Pedro, que morava com ela na fazenda do Sítio Caiçara.
O crime abalou Ingá e região, tendo grande repercussão na mídia estadual.
Até as 8h, a polícia ainda não tinha suspeitos do crime. O caso já foi entregue à Polícia Civil, nas mãos do delegado Valdélio Lobo, que vai investigar a autoria e motivações do homicídio.
Na sua gestão a frente da Cadeia Pública de Ingá, Cordinha era conhecida pelo seu estilo “durona”. Destemida, enfrentava presos perigosos na tentativa de impor a disciplina dentro da prisão e durante as visitas. A diretora era muito elogiada por seu trabalho honesto, dedicado e por tratar bem os presos de bom comportamento. Agia sempre em consonância com a justiça e atualmente administrava os recursos destinados à ampliação da cadeia na construção de uma ala exclusiva para os presos albergados, que iria separá-los dos provisórios e sentenciados em regime fechado. Há possibilidade de Cordinha ter sido vitima de vingança ou insatisfação de presos e comparsas.
Viaturas da polícia militar se deslocaram para o local e estão em busca de pistas dos criminosos.
Inga Cidadao
