terça-feira, abril 23, 2024
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TSE multa Dilma em R$ 25 mil por pronunciamento do Dia do Trabalho

Ministros aprovaram aplicação de multa por quatro votos a três.
PSDB afirmou em representação que fala teve caráter eleitoral.

 

Por quatro votos a três, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram na sessão desta terça-feira (30) multar em R$ 25 mil a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, por considerar propaganda eleitoral antecipada o pronunciamento oficial do Dia do Trabalho em cadeia nacional de rádio e televisão. Cabe recurso da decisão.

A maioria dos ministros aceitou representação apresentada pelo PSDB que alegava que “a pretexto de saudar os trabalhadores brasileiros”, Dilma fez promoção pessoal e do governo com conotação eleitoral.

O PSDB apontou como irregulares expressões como “estamos mudando o Brasil” e “preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora”.

Foram favoráveis à representação os ministros Gilmar Mendes, Luiz Mux, Maria Thereza e João Otávio de Noronha. O relator, ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, saiu vencido ao votar por negar o pedido. Ele foi seguido por Henrique Neves e Dias Toffoli, presidente da Corte.

Presidente nega propaganda
Em sua defesa, apresentada pela Advocacia-Geral da União, a presidente sustentou que não houve propaganda eleitoral uma vez que o discurso em comemoração do Dia do Trabalhador é “típico e tradicional” e ocorreu “em época distante das eleições”.

Disse ainda que a petição apresentada pelo PSDB está embasada em “provas frágeis”, “simples opiniões extraídas de jornais, sem força suficiente para a caracterização da infração”.

A defesa argumentou também que os trechos indicados como irregulares foram deslocados do contexto do discurso e indicam um “incentivo ou otimismo”.

Na ocasião do Dia do Trabalho, o candidato do PSDB, Aécio Neves, classificou o pronunciamento como “patético” e disse que a presidente aproveitou o espaço em rede nacional de rádio e televisão para fazer “proselitismo político”.

O então presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto em agosto em acidente aéreo, afirmou que o pronunciamento foi “fala eleitoral“.

G1

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