O Secretário de Infraestrutura, Martizalem Oliveira, mais conhecido como Dem, afirmou que o alagamento momentâneo ocorrido no centro de Ingá nas primeiras horas desta manhã de sexta-feira (06), não tem relação com bueiros entupidos, uma vez que na atual gestão é feito um trabalho de manutenção constante, onde garis fazem limpeza nos bueiros e galerias todas as terças e quintas-feiras. Portanto, estes estavam limpos e livres para receber as águas pluviais, porém diante da topografia da cidade, não dão conta quando ocorre chuvas concentradas.
“A prova disso é que, assim que parou de chover, minutos depois, a água acumulada já havia sido totalmente escoada voltando tudo ao normal”. – concluiu o secretário Dem.
A bem da verdade o secretário tem toda razão, quem mora em Ingá sabe de seu cuidado com a limpeza pública em toda cidade, principalmente na área central tendo um trabalho digno de elogios, isto sem dúvida é fato incontestável e merecedor de reconhecimento.
O problema de alagamento na área central de Ingá é antigo e tão cedo não será resolvido. A topografia do centro de Ingá contribui muito para isso, pois podemos compará-lo como uma concha, onde o escoamento de praticamente toda água pluvial (chuvas) mais alta da cidade segue em direção ao centro, área comercial e da administração pública municipal.
A história contemporânea do município é intercalada por inundações fluviais (rios). As maiores delas, em 1964, 2004 e mais recentemente em 2011, inclusive com uma vítima fatal, dezenas de desabrigados e enormes prejuízos materiais. É fato que quando ocorre inundações, começa sempre pelo centro da cidade.
Segundo informações dos mais antigos, onde se localiza hoje a prefeitura municipal, antigo mercado público, ali era uma lagoa que foi aterrada. Inclusive a maioria dos imóveis nesta área sofre com a umidade do solo que se apresenta em forma de salitre nas paredes. Portanto, quando chove em demasia a água naturalmente procura seu lugar de origem. Somando-se a isso o fato de que, com o passar dos anos, construções sem a devida fiscalização foram feitas, estreitando as galerias ou até mesmo as obstruindo totalmente. O que transforme o centro da cidade em uma espécie de ralo de chuveiro.
O Ingá perdeu uma grande oportunidade para amenizar este problema, quando na gestão do então prefeito
Se o saneamento básico tivesse sido executado seria a solução definitiva? Talvez não, mas não seria qualquer chuvinha que causaria problemas a toda uma população.
Atualmente está em curso novamente o saneamento básico da cidade de Ingá. O prefeito Manoel da Lenha refez completamente o projeto, foi a Brasília e conseguiu recursos junto ao então Ministro Aguinaldo Ribeiro, hoje deputado federal eleito com a maioria dos votos de Ingá, apoiado pelo prefeito. No entanto, a presidente Dilma Rousseff que presenteou as prefeituras com máquinas do PAC2 no ano eleitoral, parece que se esqueceu do essencial, o saneamento básico anunciado com tanta pompa cinematográfica ao lado de centenas de prefeitos em Brasília, todos felizes e sorridentes. Passada as eleições, os recursos da maioria das obras federais estão sendo trancados e só Deus sabe quando serão liberados. Coisa para Inglês ver, ou melhor, coisa para enganar o eleitor desinformado em tempo de eleição.
Agora falta o governo federal fazer sua parte e liberar os recursos anunciados e prometidos antes das eleições de 2014.
Alô presidenta Dilma, mais de 70% do povo de Ingá votou na senhora. Dê retorno.
IngaCidadao