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INGÁ: Quilombola de Pedra D’água comemora o Dia da Consciência Negra

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A Festa da Consciência Negra é comemorada tradicionalmente no Quilombola de Pedra D’água, zona rural de Ingá, todos os anos no mês de novembro, onde se reúne toda comunidade local e recebe caravanas e grupos culturais de danças de diversas outras comunidades da região como Grilo, Matão, Pinga, Lagoa dos Cardeiros, Pontina e Chã dos Pereiras, entre outros.

O vice-prefeito de Ingá Robério Burity e sua esposa Sandra, prestigiaram a festa do Quilombola e ficaram encantados com as apresentações culturais e acolhimento por parte da comunidade.

” Na minha opinião, não é um dia apenas de comemorações, mas sim para se refletir que estamos distantes de ser uma sociedade em que todas as pessoas tem os mesmos direitos e mesmas oportunidades.” – Afirmou Robério

Vice-prefeito Robério Burity participando das festividades do Quilombola de Pedra D’água em IngáO Dia da Consciência Negra foi comemorado antecipadamente neste domingo (19) em Pedra D’água

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.

A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.

Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 

A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 

Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.

Inga Cidadão 

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