Home Destaque TEMPO DE FARTURA PARA OS AGRICULTORES DE INGÁ, ITATUBA E REGIÃO

TEMPO DE FARTURA PARA OS AGRICULTORES DE INGÁ, ITATUBA E REGIÃO

0

A maioria já colhe os frutos do bom inverno

Após as intensas chuvas caídas no ano de 2011, que causou as inundações no município de  Ingá e Riachão, dois anos se passaram de seca em toda região, levando sofrimento ao homem do campo e perda do rebanho para pequenos e médios pecuaristas, tendo afetado inclusive o abastecimento d’agua do município de Ingá.

 Neste ano de 2013, o inverno demorou a chegar e só começou a chover regularmente durante o mês de junho, quando o normal seria março, porém, o agricultor acreditou e esperou a hora certa de plantar. A EMATER, em convênio com as prefeituras, distribuiu sementes de qualidade aos agricultores. Por onde se anda, em toda zona rural da região, vemos imensos roçados de milho, feijão e fava, culturas tradicionais, que são plantadas  pelos pequenos agricultores para subsistência e armazenamento, mas também para a venda do excedente, o que vem barateando o preço de alguns destes alimentos  nas feiras livres, como é o caso do feijão verde, tão consumido pelos nordestinos em período de  boa safra. Neste domingo, 18, choveu novamente o dia todo. O tempo nesta segunda-feira, continua nublado e com chuvas espaças.

Zenildo da Silva Nunes, agricultor

O perfil dos agricultores tem mudado com a crescente urbanização da população, atualmente, muitas famílias de agricultores passaram a morar nas cidades para usufruir de comodidades não encontradas no meio rural, porém, preservam o hábito de plantar roçados, seja em terras próprias ou arrendadas nas cercanias da cidade, formando um verdadeiro cinturão verde, como é o caso do agricultor Zenildo da Silva Nunes, “Nino”, que reside no Jardim Farias, mas conserva a tradição herdada de seus familiares de cultivar o solo no período adequado. Nino informou que plantou logo cedo e perdeu tudo, mas vendo que o inverno iria “pegar” mais tarde, voltou novamente a plantar, desta vez dois quadros de roçado, e se deu bem. Já colheu dois sacos e prevê que colherá mais dois, que serão armazenados em silos para o consumo, o que ajuda a diminuir as despesas com alimentos em casa.  Ainda falta “quebrar” o milho, termo que os agricultores usam quando o milho seca e já está pronto para a colheita.

Agricultora, Vila Mocó, Itatuba

Esta agricultora residente na vila Mocó em Itatuba, que atualmente já faz parte da zona urbana, também sempre planta seu roçado, sendo que durante o mês de julho já colhia os frutos de seu trabalho em razão do bom inverno. “O feijão eu guardo para comer durante o ano, já o milho tanto serve para o consumo, como também dou de ração para criação de galinhas”. Falou animada.

Colheita de plantação próxima a zona urbana

Alecsandro de Olveira, Agente Comunitário de Saúde, e Rosicleide Mendonça, residentes em Ingá, também já colhem em seus roçados, plantados em terrenos colados a zona urbana.

Casal de agricultores retornando do roçado no Sítio Tambor.

Sr. João e Dona Maria, residentes na rua Djalma Dutra, centro de Ingá, mesmo aposentados, conservam a tradição de plantar roçados todos os anos. “Enquanto Deus me der saúde estarei plantando. Meu roçado é minha diversão”. Afirmou Sr. João.

Desta mesma forma pensam centenas de famílias na região de Ingá e Itatuba, fato facilmente comprovado quando se passa pelas ruas dos bairros populares como o Emboca, Bela Vista e Senzala no Ingá, como também pelas ruas dos bairros populares de Itatuba, como Zuza Martins e Santo Antonio, onde agricultores expõem a colheita do feijão para secar ao sol.

Feijão secando ao sol. Bairro Zuza Martins, Itatuba
Bairro Santo Antonio, Itatuba

A colheita confirma a expectativa de uma das maiores safras dos últimos anos. Mas, uma preocupação ronda a região, se o inverno regular está sendo ótimo para a agricultura, não tem sido suficiente para juntar água nos grandes açudes que abastecem as cidades como Acauã, o que pode causar problemas de abastecimento no futuro. Portanto, é preciso economizar e racionalizar o uso da água na cidade, evitando o desperdício.

INGA-CIDADAO

Comente usando o Facebook

plugins premium WordPress
Sair da versão mobile