Quem diria que a Ilha do Retiro iria silenciar. O Campinense superou a pressão, a força da camisa e da tradição do Sport do Recife e conseguiu um resultado heroíco, na tarde deste sábado (16). Diante de um caldeirão formado por mais de 25 mil pessoas, a Raposa segurou o empate em 2 x 2 em plena Ilha do Retiro, na Capital pernambucana, e se classificou para a fase semifinal da Copa do Nordeste 2013.Os gols da partida foram marcados por Bismarck e Zé Paulo, para o Campinense, enquanto Felipe Azevedo fez os dois gols do Leão
No primeiro confronto, em Campina Grande, as duas equipes ficaram no empate em 0 a 0. O time paraibano conseguiu sua classificação graças ao critério de desempate, que considera os gols marcados fora de casa. Já a equipe pernambucana, que fez uma grande campanha na primeira fase, quando não perdeu um jogo sequer, frustou a sua torcida.Mesmo diante de uma torcida forte que empurrou o Sport do começo ao fim, a Raposa não se intimidou e jogou de igual para igual. Os jogadores tiveram personalidade para não se envolver com o barulho ensurdecedor que vinha das arquibancadas. O Campinense começou a partida melhor, já deixando claro que não seria um adversário fácil de ser batido. A Raposa chegou a dominar a partida e criou várias oportunidades. Precisando vencer para se classificar para a fase semifinal da Copa do Nordeste, o Sport fez um primeiro tempo pouco produtivo. Sem criatividade no meio-de-campo, o Leão quase não ofereceu perigo ao goleiro Pantera. O técnico Vadão optou por promover a estreia de Marino, no lugar de Rithelly, que foi vetado para o jogo.
Com isso, o Sport atuou com três volantes, já que Moacir e Fábio Bahia foram mantidos no time, tendo apenas Hugo com a responsabilidade de criar as jogadas ofensivas. A ideia de Vadão era a de dar mais liberdade para os laterais Cicinho e Reinaldo. No entanto, a tática não deu resultado. O Campinense jogava de forma mais organizada e objetiva, valorizando a posse de bola e chegando à frente com mais facilidade. A partir dos 25 minutos, a torcida do Sport perdeu a paciência com os erros do meio de campo do time.
No primeiro lance de lucidez do Sport surgiu o gol. Marcos Aurélio fez boa jogada individual e serviu Felipe Azevedo, que chutou no canto direito de Pantera. Mas o Leão não teve muito tempo para comemorar. Aos 44 minutos, Bismarck recebeu a bola fora da área e, sem marcação, arriscou no canto direito de Magrão, que se esticou, mas não evitou o gol de empate.
No segundo tempo o Sport voltou com mudanças. O técnico Vadão atendeu a torcida e sacou o volante Marino e escalou Felipe Menezes. O meia não teve teve muito tempo para mudar o panorama do jogo. Logo aos 15 minutos, o Campinense virou o placar. Bismarck deixou Zé Paulo na cara do gol, que fuzilou Magrão. A ilha silenciou. Os mais de 25 mil torcedores não acreditavam no que estavam vendo. Depois do gol, o Sport ficou nitidamente nervoso. O time pernambucano não conseguia mais trocar dois passes certos no seu campo de defesa. Enquanto isso, o Campinense valorizou ainda mais a posse de bola e buscou os contra-ataques. Além disso, a equipe paraibana ganhava todos os rebotes. O Sport ficou sem saída.
Vadão lançou Sandrinho no lugar de Hugo para dar mais velocidade. Aos 32 minutos, o Sandrinho fez boa jogada na direita e tocou para Cicinho, que foi derrubado dentro da área. Pênalti. Felipe Azevedo bateu bem e empatou.
A torcida do Sport acordou. E o time também. O jogo ficou dramático. O Campinense se fechou, mas em nenhum momento demonstrou nervosismo. O Leão continuou insistindo, mas de forma desesperada. O retrato do Sport aconteceu no último lance da partida, quando o goleiro Magrão foi para a área adversária tentar o cabeceio, após cobrança de escanteio de Cicinho. O lance não deu em nada e o Sport foi eliminado.
O Campinense agora espera o classificado na partida entre Santa Cruz de Recife e Fortaleza para saber quem enfrentará na semi final da Copa do Nordeste.
PBAgora com NE 10
