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Estado de SP bate novo recorde diário e chega a 300 mil casos de Covid-19; governo projeta até 470 mil casos para 15 de julho

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SP registrou 15.351 mortes desde o início da pandemia e centro de contingência estima de 18 mil a 23 mil óbitos até 15 de julho. Em 24h, foram 12.244 novos casos confirmados; segundo coordenador do comitê de saúde, 70% deles “são casos agudos.”

O estado de São Paulo superou a marca de 300 mil casos confirmados de coronavírus nesta quinta-feira (2), batendo o recorde anterior de novas confirmações em 24h. Foram 12.244 casos incluídos desde o último balanço, de quarta-feira. Segundo o coordenador do Centro de Contingência contra o Coronavírus, 70% deles “são casos agudos.”

O governo prevê que, até 15 de julho, o estado terá entre 18 mil e 23 mil mortes causadas pela doença e de 335 mil a 470 mil casos confirmados, anunciou o secretário da Saúde, José Henrique Germann, nesta quinta.

Veja os dados no estado de SP nas últimas 24 horas:

  • 321 mortes
  • 12.244 casos

Veja os dados no estado de SP desde o início da pandemia:

  • 15.351 mortes
  • 302.179 casos

As novas confirmações informadas não significam, necessariamente, que as mortes e casos aconteceram de um dia para o outro, mas que foram contabilizadas no sistema neste período. Os números costumam ser menores no final de semana e às segundas-feiras, devido ao atraso nas notificações nestes dias.

recorde de casos no estado em um dia havia ocorrido na última sexta-feira (26), com 9.921 confirmações. Em um único dia, o estado chegou a registrar 19 mil casos da doença, mas isso ocorreu devido ao acúmulo de casos não inseridos em sistema após dois dias com problemas no sistema de notificação do governo federal.

Segundo Paulo Menezes, coordenador do comitê de saúde do governo, pouco mais de 1/4 dos casos confirmados nas últimas 24h são casos leves.

“No total de hoje, nós temos um pouco mais de 1/4 dos casos foram confirmados através dos testes sorológicos, sendo que no dia de ontem pra hoje, foram 29%, ou seja, do total de casos do dia, 70% são casos agudos”, destacou Menezes.

O governo de São Paulo anunciou em 9 de junho que passou a considerar os resultados de testes sorológicos na contagem oficial de casos confirmados de coronavírus realizada pela Secretaria Estadual de Saúde. Anteriormente, embora os testes rápidos fossem notificados pelos sistemas de saúde, apenas testes do tipo RT-PCR eram usados nas estatísticas divulgadas pela secretaria de casos confirmados no estado.

Os testes RT-PCR indicam a presença do vírus Sars-Cov-2 no organismo e são usados para diagnóstico da doença; já o teste rápido sorológico verifica a existência de anticorpos contra o vírus e mostram quem já teve a doença no passado.

Nesta quinta, Menezes atribuiu o aumento nos casos confirmados à maior participação de testes sorológicos no total de confirmações e também a maior capacidade de testagem por exames RT-PCR na rede pública.

“Hoje nós tivemos quase 30% de testes rápidos, então um total de um pouco mais de 8,8 mil casos confirmados foram por testes RT-PCR. Quando nós olhamos o processamento de amostras de RT-PCR pela rede laboratorial nos últimos dias, existe um aumento importante. Nós distribuímos para os municípios recentemente 250 mil kits de swab para eles poderem ter uma maior capacidade de coleta desses exames. Então acho que nós estamos vendo também esse reflexo do aumento de testagem dos casos leves [no recordes diários]”, destacou o coordenador.

Taxa de ocupação

A taxa de ocupação dos leitos de UTI no estado é de 64,10% e de 64,70% na Grande São Paulo. Nesta quarta, os índices eram 64,4% e 65,4%, respectivamente. No início da pandemia, a taxa da Grande SP era muito superior a do resto do estado. Com a interiorização da doença, os índices ficaram mais próximos: atualmente, a diferença é inferior a 1 ponto percentual.

Questionada sobre a proximidade dos índices, a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, disse que a situação também está dentro das previsões do governo.

“Nós vemos aqui exatamente o que já havia sido previsto no plano, a capital e a região metropolitana com uma melhora significativa, e essa presença ainda relevante da pandemia no interior”, disse Patrícia Ellen.

Nesta terça, há 5.622 pacientes internados em unidades de UTI e 8.331 em enfermarias, entre casos suspeitos e confirmados. O total de internados está em alta. O valor subiu de 13.421 nesta quarta para para 13.953 nesta quinta.

Desde o início da pandemia, mais de 45.303 pessoas se recuperaram e receberam alta hospitalar.

Além das altas hospitalares de pacientes internados com Covid-19, o governo de SP passou a divulgar, desde quarta, também o número de recuperados que envolve pacientes que não estavam necessariamente hospitalizados.

Segundo a secretaria, nesta quinta, são 162.851 pessoas recuperadas da doença no estado. O número contabiliza 45.303 pessoas que estiveram internadas e receberam alta hospitalar. Ainda de acordo com a pasta, os demais recuperados são pessoas que tiveram diagnóstico positivo da doença, mas não precisaram de internação por apresentarem quadros leves.

O secretário estadual da Saúde disse, nesta quinta, que 160 pacientes com Covid-19 foram transferidos do interior para a Grande São Paulo em junho. As transferências geralmente ocorrem quando não há vagas suficientes em uma determinada região.

“Entre as regiões e a Grande São Paulo foi um total, no mês de junho, de 160 transferências, sendo que metade delas, 88, provenientes da região de Campinas. Houve ainda 45 da região de Sorocaba, 18 da Baixada Santista, 7 da região de Taubaté e 2 da região de Piracicaba”, disse Germann.

O estado de São Paulo registrou um aumento de 112% nos casos de coronavírus em junho se comparados ao mês anterior. Foram 171.682 casos, contra 81.000 em maio. Foi como se, a cada dia do mês, surgissem 5.723 novos casos no estado. Em maio, a média foi de 2.613 casos por dia.

Houve aumento de 119% na média diária de novos casos em São Paulo. Além disso, junho foi o mês com mais casos registrados no estado desde que a pandemia chegou ao Brasil. Cerca de 62,3% do total de 275.145 casos do estado se deu neste mês.

Dos 14.398 óbitos registrados no estado, metade (49,6%) se deu em junho. Foram 7.148 mortes pela doença. A média de novas mortes por dia foi de 238 —41% maior que em maio, quando a média foi de 169 óbitos por dia.

Na coletiva de imprensa desta quarta-feira, o governo estadual comemorou os resultados do mês de junho, que ficaram dentro das projeções de casos e mortes feitas pelo centro de contingência contra o coronavírus, um comitê de saúde que assessora o governo de SP nas medidas contra a doença.

O total de casos no mês, no entanto, ficou no limite superior da margem de erro da projeção, o que o secretário-executivo do centro de contingência, João Gabbardo, atribui a um suposto aumento na capacidade de testagem.

A previsão inicial era de 15 mil mortes até o final de junho. Depois, o governo anunciou que há uma margem de confiança na projeção e que o número deveria ficar entre 15 mil e 18 mil óbitos no mês.

“O comitê há 30 dias estabeleceu essa previsão para o final do mês e ficamos exatamente dentro desse intervalo de confiança, no limite superior em relação aos casos, obviamente que influenciado pelo aumento da testagem, e no limite inferior em relação aos óbitos, que é consequência do trabalho que está sendo realizado pelas prefeituras e governo do estado”, disse Gabbardo.

G1

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