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Governo da Venezuela enterrou capitão antes de autópsia que família havia pedido

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Rafael Acosta foi detido no dia 21 de junho e morreu quando estava preso em uma agência militar. Os seus advogados afirmaram que ele tinha sinais de agressões severas.

Autoridades da Venezuela enterraram o corpo de Rafael Acosta, o capitão naval que morreu sob custódia militar em junho, contrariando um pedido da família dele, que pediu uma autópsia independente.

Rafael Acosta foi detido no dia 21 de junho, por ter supostamente participado em um complô, mas ele morreu na semana seguinte, quando estava preso em uma agência militar. Os seus advogados afirmaram que ele tinha sinais de agressões severas.

O governo de Nicolás Maduro confirmou a morte, mas não fez comentários sobre as acusações de tortura.

“O que pode ser interpretado é que as autoridades governamentais dizem ‘nós o matamos, nós o enterraremos'”, afirmou Alonso Medina, um advogado da família.

A viúva de Acosta, Waleswka Perez, havia pedido para que o governo entregasse o corpo e que a ONU investigasse a morte, que foi condenada pelos EUA e pelo Grupo de Lima (conjunto de países latino-americanos).

Uma autópsia oficial determinou que Acosta morreu de “politraumatismo”, de acordo com Mediana. A palavra pode se referir a lesões antigas, como acidentes de carro e explosões.

Maduro enfrenta acusações de uso de tortura

Os críticas ao regime de Maduro o acusam de prisões arbitrárias e uso sistemático de tortura contra dissidentes e militares, além de esconder essas práticas de investigações.

O governo de Maduro diz que investiga violações de direitos humanos.

O procurador-chefe, Tarek Saab, disse que dois oficiais que trabalham para a agência de inteligência militar foram acusados pelo assassinato de Acosta, mas ele não explicou como o capitão foi morto.

Em um comunicado, o Ministério de Defesa afirmou que Acosta desmaiou na audiência e foi transferido para um hospital militar, sem dar detalhes.

G1

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