O jogador Daniel Corrêa Freitas foi morto em outubro do ano passado. Dos sete réus, seis estão presos.
A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, responsável pelo julgamento dos processos envolvendo a morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, em outubro do ano passado, definiu as datas para o interrogatório dos sete réus acusados de envolvimento no assassinato do jogador de futebol.
Na decisão, a juíza ressaltou que “as diligências que se encontram pendentes de cumprimento não se tratam de diligências imprescindíveis para o deslinde do feito” e que “não há a necessidade de se aguardar a oitiva das testemunhas faltantes para os interrogatórios dos réus”, portanto, definiu o dia 05 de agosto para os interrogatórios, que podem se estender até o dia 07 de agosto.
Na ocasião serão ouvidos Edison Brittes Júnior, Cristiana Brittes, esposa de Edison, Allana Brittes, filha do casal, David Vollero Silva, Eduardo Henrique da Silva, Ygor King e Evellyn Brisola Perusso.
Dos sete réus, seis estão presos.
As acusações
Edison Brittes Júnior é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e coação no curso do processo.
Cristiana Brittes responde homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor.
Allana Brittes responde por coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente.
Eduardo da Silva é acusado de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor, mesmos crimes imputados a Ygor King e David Vollero Silva, sendo que este último ainda responde por denunciação caluniosa.
Por fim, Evellyn Brisola Perusso é acusada de denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de menor e falso testemunho. Ela é a única que responde ao processo em liberdade.
O crime
Daniel Corrêa Freitas era jogador de futebol e atuava no São Bento de Sorocaba. Ele foi encontrado morto na manhã do dia 28 de outubro em um matagal, na Colônia Mergulhão, zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Ele participou da festa de 18 anos de Allana Brittes em uma casa noturna de Curitiba e depois seguiu para a casa de Edison Brittes, onde as agressões contra ele começaram.
Edison Brittes, autor confesso da morte de Daniel, disse, em depoimento à Polícia Civil, que o jogador tentou estuprar a esposa, mas a afirmação foi afastada pelo delegado responsável pelas investigações, Amadeu Trevisan e também pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Após os interrogatórios de todos os acusados a juíza vai decidir se eles vão ou não à júri popular.
