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Um ataque ao Instituto Estadual Educacional Assis Chateaubriand, em Charqueadas, na região metropolitana de Porto Alegre, deixou pelo menos seis alunos e uma professora feridos no começo da tarde desta quarta-feira (21). O criminoso, que usou uma machadinha, é um adolescente, informou a Secretaria Estadual de Educação. O suspeito foi capturado e apreendido pela Brigada Militar no meio da tarde. Ele foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Charqueadas para prestar depoismentos, informou o vice-governador e secretário de Segurança Pública Ranolfo Vieira Jr. A Polícia Civil acrescentou que as vítimas não tiveram ferimentos graves e foram encaminhadas ao Hospital de Charqueadas, que informou que elas não correm riscos. Os alunos feridos são: dois meninos e uma menina de 14 anos; uma menina de 13 anos; e duas meninas de 12 anos. Segundo a Secretaria de Educação, a direção da escola disse que o adolescente, que não seria aluno da instituição, também usou um coquetel molotov no ataque. Bombeiros e Brigada Militar nas imediações do Instituto Estadual Educacional Assis Chateaurbriand, em Charqueadas (RS), nesta quarta-feira (21) — Foto: Meta Notícias Bombeiros e Brigada Militar nas imediações do Instituto Estadual Educacional Assis Chateaurbriand, em Charqueadas (RS), nesta quarta-feira (21) — Foto: Meta Notícias Bombeiros e Brigada Militar nas imediações do Instituto Estadual Educacional Assis Chateaurbriand, em Charqueadas (RS), nesta quarta-feira (21) — Foto: Meta Notícias O delegado Marco Aurélio Schalmes, da Polícia Civil de Charqueadas, afirmou ao G1 que o criminoso entrou pelos fundos do colégio e foi direto para uma das salas de aula. Lá, lançou o coquetel molotov, que não chegou a ferir ninguém, e em seguida passou a golpear alunos com uma machadinha. Ainda segundo o delegado, um professor de educação física percebeu a movimentação e entrou na sala. Ele, então, conseguiu imobilizar e desarmar o criminoso, que no entanto conseguiu se desvencilhar e fugiu pulando um muro na parte da frente da escola. Após o ataque, Bombeiros e BM foram até o local. Até a última atualização desta reportagem, a Secretaria disse que estava se deslocando para lá. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou que o vice, Ranolfo Vieira Júnior, também estava a caminho do colégio. Massacre em Suzano Em 13 de março, um adolescente e um jovem encapuzados atacaram a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), e mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou. Pouco antes do massacre, a dupla havia matado o proprietário de uma loja da região. Os criminosos eram ex-alunos do colégio.

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Depois que os filhos descobriram o crime, pai confessou e detalhou o assassinato à família. Vítima foi morta por pedir divórcio após descobrir que marido tinha caso com a empregada.

Seis irmãos procuraram a delegacia da Polícia Civil em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, nessa terça-feira (20) e denunciaram que o pai matou a mãe deles no interior de Quilombo, Santa Catarina, há 37 anos. A vítima foi morta por pedir divórcio após descobrir que o marido tinha um caso com a empregada da família.

De acordo com a família, Pierina Carroro foi morta no dia 25 de janeiro de 1982. O marido tem 78 anos e mora com a mulher do segundo casamento em Lucas do Rio Verde. Durante todos esses anos ele dizia aos filhos que a mulher tinha sido assassinada em um assalto.

Depois que os filhos descobriram o crime, o pai confessou e detalhou o assassinato à família. Segundo a Polícia Civil, o idoso deve permanecer em liberdade já que o crime prescreveu.

De acordo com a família, Pierina Carroro foi morta no dia 25 de janeiro de 1982 no interior de Santa Catarina — Foto: João Ricardo da Cruz/Cenário MT

Os filhos nunca aceitaram a versão do pai e começaram uma investigação nos últimos meses. Eles entrevistaram autoridades policiais que investigaram o caso na época, enfermeiras e outras testemunhas.

Os seis filhos juntaram documentos, declarações e informações e entregaram ao delegado Daniel Nery. Eles prestaram depoimento por três horas e registraram um boletim de ocorrência.

“A gente nunca acreditou na história que ele contou”, disse a família ao G1.

Pierina teve sete filhos. Na época do assassinato eles tinham entre 7 a 19 anos. Um deles já é falecido. O segundo casamento é com a empregada, à época do crime.

Dúvidas

Os filhos alegam que sempre tiveram dúvidas e ouviram relatos de moradores em Santa Catarina. As pessoas diziam a eles que o pai havia matado a mulher e forjado um assalto.

“Depois de três meses de investigação descobrimos que ele teve um caso extraconjugal, há mais de dois anos com a empregada. A mãe descobriu e quis se separar. Ele a chantageou e ela contou [sobre a traição] aos irmãos e amigas”, comentou a família.

O marido, então, planejou uma viagem sozinho com a mulher até a cidade de São Carlos (SC). O casal saiu de madrugada de casa e ele levou um revólver.

Filhos registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil em Lucas do Rio Verde e conversaram com a imprensa — Foto: João Ricardo da Cruz/Cenário MT

No trajeto até a suposta viagem o marido simulou que o pneu do carro havia furado. Ele parou o carro, pegou uma pedra a acertou a cabeça da mulher. Ele ainda arrastou o corpo da vítima até uma sarjeta, atirou no peito dela e a abandonou no local.

O marido, para sustentar a versão, jogou uma pedra no para-brisa e desde então sempre contava que a mulher havia sido assassinada em um assalto nessa viagem.

No sábado (18) os seis irmãos se reuniram em Lucas do Rio Verde e indagaram o pai sobre o crime. Na frente dos filhos, ele confessou e detalhou o crime.

“Ele confessou três vezes sem derramar uma lágrima. Ficamos aliviados, só queríamos a verdade e esclarecer o que aconteceu. Não tem justiça [que pague]”, finalizou a família.

O idoso justificou aos filhos que, naquela época, a descoberta da traição e, consequentemente a separação, não seriam aceitas na sociedade.

“Ele disse que ficaria ‘feio’. Ele só se preocupava com a imagem dele”, acrescentou a família.

O delegado informou ao G1 que, conforme legislação, trata-se de crime de homicídio, porém prescrito, uma vez que não houve ocultação de cadáver.

De qualquer forma, o boletim de ocorrência registrado em Lucas do Rio Verde será encaminhado para a Polícia Civil de Santa Catarina que vai decidir se vai abrir uma investigação sobre o caso.

G1

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