Um advogado e um ex-chefe de cartório que atuavam no Sertão do Estado foram condenados por envolvimento em esquema de falsificação das assinaturas de uma juíza para forjar alvarás judicias. Os documentos seriam utilizados para a liberação de dinheiro em processos que tinham como polo passivo o estado da Paraíba.
As fraudes foram registradas nos anos de 2017 e 2018 e os acusados foram condenados pelo crime de peculato e ainda terão que reparar um dano de R$ 407 mil. A juíza da 2ª Vara da Comarca de Sousa, no Sertão do Estado, Caroline Silvestrini de Campos Rocha, foi quem condenou os acusados nesta quarta-feira (04).
O advogado Leonardo Araújo de Sousa foi condenado a 7 anos, 2 meses e 7 dias, em regime inicialmente fechado, além do pagamento de multa. Já o ex-chefe de cartório Valdênio de Jesus Vilar Silva foi condenado a 13 anos, 4 meses e 28 dias de prisão em regime inicial fechado, além de multa e a perda do cargo público de servidor da Justiça estadual. A decisão estabelece que os dois podem recorrer em liberdade.
Durante o processo, a defesa de Valdênio pediu a improcedência da denúncia apresentada pelo Ministério Público por falta de provas de sua autoria. Já os advogados de Leonardo alegaram cerceamento de defesa, em algumas diligências, e pediram absolvição por outros crimes nos quais ele havia sido enquadrado no início do processo.
Valdênio Jesus e Leonardo Araújo já tinham sido presos ano passado, durante a Operação ‘Al-Bará’. De acordo com a sentença, a dupla teria fraudado assinaturas de uma juíza e com isso confeccionado seis alvarás fraudulentos. Os documentos eram apresentados em agências bancárias para que os valores fossem liberados. O advogado Leonardo Araújo ficaria responsável por sacar os valores e depois repassar parte para o ex-chefe de cartório.
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