Por isso o Ministério da Saúde alerta sobre o efeito do tabagismo na incidência da patologia. É fundamental atentar-se aos subtipos de fumo como cachimbo, narguilé, maconha e até mesmo a exposição passiva à fumaça.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a DPOC afeta cerca de 10% da população brasileira. Além disso, a patologia impacta na saúde de 15,8% dos adultos com mais de 50 anos que vivem na cidade de São Paulo, conhecida pelo grande povoamento e índice de poluição.
Sintomas da doença
Os sinais de alerta para a doença se ligam a problemas no sistema respiratório. Por isso, o principal sintoma é a falta de ar ao realizar esforços, podendo resultar em dificuldades para realizar atividades cotidianas, como tomar banho. Além disso, manifestações como tosse crônica ou com secreção e pigarro são muito comuns.
Tratamento
No Brasil, o diagnóstico, tratamento e demais aspectos relacionados à doença seguem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas (ABRAF), Flávia Lima, ainda existem estados que não adotaram ou estão em processo de regulamentação da cartilha.
“Essa falta de implementação dificulta o acesso dos pacientes ao tratamento, pois, ao buscarem atendimento, encontram profissionais desinformados, escassez de especialistas e desafios para realizar exames avaliativos”, comenta a profissional.
Nesse sentido, os pacientes com DPOC enfrentam uma jornada cheia de desafios. Isso porque processos importantes do tratamento, como o subdiagnóstico, a falta de informação, acesso e atendimento especializado, encontram muitas dificuldades.
Segundo a especialista, muitos pacientes se encontram perdidos no sistema de saúde e, quando há suspeita de DPOC, não conseguem diagnosticar a doença respiratória. Além disso, as principais demandas concentram-se em dúvidas, como quais são as orientações adequadas sobre o uso de dispositivos inalatórios, por exemplo.
Ainda que a doença não tenha cura, uma abordagem correta pode auxiliar significativamente na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a morbimortalidade. Por isso, a indicação é buscar um profissional ao apresentar sinais respiratórios.
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