O apresentador Edu Guedes, 51, passou por uma cirurgia de emergência no último sábado (5/7) para retirada de nódulos no pâncreas. O procedimento foi realizado em São Paulo após o marido de Ana Hickmann apresentar complicações de saúde. Pouco antes da internação, ele enfrentou uma infecção decorrente de uma crise renal.
O câncer de pâncreas é uma das doenças mais agressivas e silenciosas da oncologia. Por apresentar sintomas que se confundem facilmente com os de outras condições, o diagnóstico costuma acontecer tardiamente. Isso reduz significativamente as chances de tratamento curativo.
Câncer de pâncreas
- Esse tipo de câncer ocorre quando células anormais crescem e se multiplicam no pâncreas, formando um tumor.
- Entre os principais sintomas da condição, estão: dor abdominal ou nas costas, perda de apetite e perda de peso involuntária, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura e fezes claras, coceira na pele, indigestão e fadiga.
- Dependendo do estágio da doença, o câncer de pâncreas pode ser tratado através de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.
- Não há medidas específicas para prevenir o câncer de pâncreas, porém evitar o tabagismo, consumo excessivo de álcool e obesidade são boas alternativas para diminuir o risco da doença.
“O câncer ocorre quando as células crescem de forma irregular e formam um tumor. Por estar localizado em um órgão de pouca sensibilidade, os sintomas geralmente se confundem com os de condições comuns, como dores no estômago ou nas costas”, explicou o oncologista Márcio Almeida, da Oncoclínicas Brasília, em entrevista ao Metrópoles.
Além de ser difícil de detectar, esse tipo de câncer costuma evoluir rapidamente. “Na maioria dos casos, o câncer de pâncreascresce para fora do órgão, o que torna a cirurgia de remoção um procedimento complexo”, destacou a oncologista Janyara Teixeira, da Rede D’Or, em Brasília, também em entrevista anterior ao Metrópoles.
Nos estágios iniciais, o tumor geralmente não provoca sintomas perceptíveis.Porém, conforme avança, pode provocar mudanças sutis que merecem atenção. Segundo o manual MSD, em cerca de 90% dos casos o diagnóstico só ocorre quando a doença já se espalhou para fora do pâncreas.
Os sinais que o corpo pode dar e que não devem ser ignorados
1 – Perda de apetite e de peso
A perda de peso e da vontade de comer está ligada ao processo inflamatório no pâncreas. Segundo Janyara, o processo inflamatório faz com que o organismo libere proteínas como a interleucina e o interferon, que inibem a vontade de comer.
2 – Alterações nas fezes
Mudanças na frequência, cor ou textura das fezes podem surgir em função de uma inflamação crônica no pâncreas, conhecida como pancreatite.
A condição, que pode estar associada ao câncer, interfere na liberação de enzimas digestivas, prejudicando a digestão adequada dos alimentos.
3 – Dor persistente no abdômen ou nas costas
É um dos sinais mais comuns. O crescimento do tumor pode pressionar nervos ou órgãos próximos, provocando dor contínua que pode se intensificar com o tempo. Em alguns casos, o desconforto alivia ao se inclinar para frente ou ao deitar em posição fetal.
4 – Dificuldade para digerir alimentos
Quando o tumor pressiona o estômago, pode causar uma obstrução parcial e dificultar o esvaziamento do órgão. Isso leva à sensação de indigestão, estufamento, náuseas e desconforto logo após as refeições.
5 – Icterícia
A coloração amarelada da pele e dos olhos pode aparecer nos casos em que o tumor bloqueia a via biliar. “O câncer que se inicia na cabeça do pâncreas pode comprimir a via biliar, impedindo que a bilirrubina siga o caminho normal. Isso faz com que ela se acumule no organismo, levando à icterícia”, explicou a oncologista.
Metrópoles