ENGAJAMENTO
A curadora da saúde e do meio ambiente, Dra. Claudia Cabral Cavalcante, convocou prefeitos dos quatro municípios sob sua jurisdição, Ingá, Itatuba, Serra Redonda e Riachão do Bacamarte, acompanhados de secretários e servidores diretamente ligados ao combate ao mosquito vetor do zica vírus, dengue e chikungunya.
AUSÊNCIA INACEITÁVEL
Dra. Claudia agradeceu a presença dos prefeitos Manoel da Lenha e Gil Tito, e lamentou enfaticamente as ausências dos prefeitos de Itatuba e Serra Redonda em razão da necessidade de se traçar estratégias para o enfrentamento de um problema seríssimo em escala mundial. “Nada justifica a ausência diante de um problema tão sério de saúde pública, que está atingindo gestantes e crianças nascendo com deformidade” – Afirmou a promotora.
O prefeito Aron René justificou a ausência em razão de estar realizando exames de saúde previamente marcados.
ESTATÍSTICAS, OBSTÁCULOS E PLANO DE AÇÃO
Presentes á audiência pública no auditório do Ministério Público de Ingá, secretários de saúde, de educação e infraestrutura, além de coordenadores e servidores responsáveis pela vigilância sanitária, agentes comunitários e endemias. Destes profissionais a promotora cobrou números, estatísticas e plano de ação levando em consideração os seguintes pontos principais:
– Notificações epidemiológicas. Em todos os municípios verificou-se um número de notificações de casos que não reflete a realidade em razão de diversos fatores, como notificação equivocada classificando como virose, doentes que se tratam em casa ou seguem direto para Campina Grande. Neste sentido a promotora solicitou que as notificações sejam feitas de forma que retratem a realidade.
– Casas fechadas. Buscar familiares ou vizinhos para abrir as casas ou buscar os meios legais.
– Casas recusadas. Nestes casos tentar pelo convencimento, caso contrário a promotora se dispôs a ajudar, uma vez que ela considera a saúde pública acima da inviolabilidade individual.
– Terrenos baldios – limpeza e fiscalização dos terrenos baldios
– Valas, esgotos e limpeza urbana. Manter a coleta lixo constante e serviço de desobstrução das galerias.
– Distribuição de repelentes – Ver a possibilidade das prefeituras por meio de convênios com o Estado ou com recursos próprios distribuir repelentes às gestantes.
– Gravidez – Orientar as mulheres para evitar a gravidez neste período.
– Mobilização – Dra. Claudia afirmou que a angustia maior que todos passamos é saber que sem o envolvimento de toda população e sociedade em geral o problema não será resolvido. E para tanto foi acordado a realização de um dia D todo mês, Em março cada cidade realizará o sua mobilização na data que estava já programada, porém, a partir de abril, o dia D do combate ao mosquito será em conjunto numa mesma data: toda terceira terça-feira do mês. A promotora deseja e espera o engajamento de todos, escolas, comércio, indústria, igrejas, entidades públicas, enfim toda sociedade, pois a situação é gravíssima e se não for devidamente enfrentada vai virar uma pandemia.
ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES
Dra. Claudia após pontuar as ações agradeceu pela presença e informou que outras reuniões serão marcadas no sentido de analisar os números e estatísticas e avaliar as medidas tomadas,
Nesta primeira audiência pública, a secretaria de saúde de Ingá foi a única a entregar seu relatório completo. As demais trarão na próxima reunião com mais detalhes estatísticos.
Inga Cidadao