A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (19) dez mandados de prisão decorrentes da Operação Fantoche, que investiga uma organização criminosa especializada na prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (19) dez mandados de prisão decorrentes da Operação Fantoche, que investiga uma organização criminosa especializada na prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
O empresário paraibano Francisco de Assis Benevides Gadelha, mais conhecido como Buega Gadelha, é um dos alvos dos mandados de prisão, de acordo com informações da Polícia Federal ao ClickPB. Ele é presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (FIEP-PB). O mandado de prisão não foi cumprido porque Buega não foi encontrado pela Polícia Federal. Segundo informações da FIEP-PB, ele estaria cumprindo agenda em Brasília.
Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, um dos donos da Aliança Comunicação, empresa que organiza o Maior São João do Mundo, em Campina Grande, foi preso em Pernambuco.
Os presidentes da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Braga, e da Fiepe, Ricardo Essinger, foram presos na operação. O Instituto Oriami e as empresas Aliança Comunicação e Cultura, Idea Locação de Estruturas e Iluminação, Somar Intermediação e Negócios e Ateliê Produções Artísticas também são alvos da investigação.
Segundo a PF, um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar atua de forma contínua e perene, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”.
O modus operandi empregado é sempre similar e, em resumo, consiste na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério convenente e Unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.
Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400.000.000,00 decorrentes desses contratos. A ação conta com a participação de 213 policiais federais e 08 auditores do TCU que estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de PE, MG, SP, PB, DF, MS e AL. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.
Confira a lista dos alvos de mandados de prisão:
Robson Braga de Andrade – presidente da CNI
Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva – empresário e um dos donos da Aliança Comunicação. Ele já havia sido preso pela PF em 2013, na Operação Esopo
Ricardo Essinger – presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe)
Francisco de Assis Benevides Gadelha – conhecido como Buega Gadelha, é presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep-PB). A Fiep-PB afirmou que Buega cumpre agenda em Brasília (DF)
José Carlos Lyra de Andrade – presidente da Federação das Indústrias de Alagoas (FIEA)
Lina Rosa Gomes Vieira da Silva – empresária e publicitária, ligada à Aliança Comunicação
Hebron Costa Cruz de Oliveira – advogado e presidente do Instituto Origami
Jorge Tavares Pimentel Junior – empresário sócio da empresa Neves e
Júlio Ricardo Rodrigues Neves – empresário, sócio da Idea Locação de Estruturas e Iluminação
Luiz Antônio Gomes Vieira da Silva – ligado à Aliança Comunicação
Click Pb.