A parábola do filho pródigo: O Pai continua esperando por outros filhos!
“Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu perante ti.” Lucas 15.18
É tão bom quando nos sentimos livres, independentes, adultos completamente responsáveis pelos próprios atos, nos sentindo capazes de fazermos tudo por nossa própria sorte. Achando que teremos capacidade de administrar nossos passos sozinhos, começamos a trilhar caminhos que estão cheios de espinhos, e só chegamos a perceber isso, quando estamos no meio da jornada, ai é tarde demais para não desejarmos sentir as dores provocadas pela estrada.
Com o filho pródigo foi assim! Aquele jovem achou que não precisava mais dos conselhos de seu pai, suas companhias já não lhe traziam mais alegria, já não o satisfaziam, não queria mais o conforto de seu lar. Pediu ao seu pai parte da herança, e foi para o mundo, conhecer outros povos, novos amigos, esbanjar tudo que tinha sem medida e sem pensar nas consequências. Abraçando o mundo sem ressalvas, ele pensou que tudo podia, que tinha o mundo em suas mãos e não vigiou, as consequências de suas atitudes foram drásticas.
Quando o cristão se distancia de Deus, para procurar novos rumos, direção que não tem a mesma visão da Palavra acaba sofrendo, e vai perdendo um pouco de sua identidade a cada dia, até perceber que está completamente distante do Pai, sentindo-se assim solitário e sempre com um vazio do tamanho de Deus. O filho pródigo, logo se encantou com os apelos que o mundo oferecia. Os novos amigos lhe pareceram os melhores. Vieram as vaidades e os gastos desmedidos. Lhe foram atraentes àqueles que são dados à luxúria, com certeza foram sendo o maior atrativo que ele tinha desejo de conhecer e compartilhar, até que gastou tudo vivendo dissolutamente. (Lc 15.13)
Certamente ele pensava que tudo que fizesse de diferente e longe dos olhos do pai, lhe dariam prazer e alegria pelas novas conquistas, pelas aventuras, pela descoberta do novo, e longe dos olhos de sua família e do seu pai, tudo poderia ser feito sem reprovação de ninguém. Ledo engano!
A vida está cheia de ilustrações, de situações que são exemplos de filhos pródigos que dão às costas a vida estabilizada, aos amigos que foram conquistados ano após ano a fio. Ao emprego conquistado com muito esforço e é abandonado por simples momento de euforia. Ao lar, família no sentido amplo da palavra. Tudo jogado pro lado, porque muitas vezes só olhamos para os defeitos e as dificuldades que porventura possam surgir, não conseguimos mais exergar todo bem que há em nossa volta, e que foi conquistado ou nos proporcionado com tanto zelo, e é o melhor de Deus para nossas vidas. O nosso coração é enganoso, não podemos confiar no que vemos, pois os sentimentos podem ser confusos, ilusórios e egoístas. Precisamos sempre nos basear na palavra de Deus para conseguirmos viver de forma que O agrade, levando os outros a acreditarem que mesmo quando erramos, Deus não erra e está sempre pronto a nos receber, perdoar, nos proporcionar uma nova chance para recomeçarmos. Algumas atitudes do cotidiano podem ser comuns ao mundo, mas são abomináveis aos olhos de Deus, devemos sempre nos policiar para mantermos afastados de nós qualquer atitude que não produza a paz que devemos sentir em Deus.
Quando o jovem se viu sem dinheiro, família, amigos, alegria e os bons momentos que outrora tivera em seus devaneios, percebeu que restara apenas as tormentas da solidão, dificuldades, dor, medo e o grande sentimento de arrependimento, foi ai que caiu em si. Quantas vezes queremos fugir, voltar, esquecer, esconder, como se pudéssemos apagar o passado recente? O jovem pródigo no auge da dor de toda desilusão, busca abrigo, uma solução plausível para continuar a vida em meio a dores. Procurou hospedagem, emprego, auxílio e a única coisa que encontrou foi cuidar de porcos. Seu desespero e abandono era tão visível que desejou se alimentar da mesma comida que dava aos animais.
Mas como Deus pela sua misericórida, dá chance na vida de termos um momento de reflexão, de luz no fim do túnel, o jovem pródigo começou a se lembrar de como sua vida era boa, perfeita e se humilhou. No seu arrependimento veio a lembrança de seu Pai, a ponto de se achar dígno apenas de ser um simples trabalhador em sua casa. (Lc 15.19) Como deve ter sido difícil a jornada daquele jovem. Dias longos, noites frias e solitárias. O cansaço, a fome, o medo de ser rejeitado pela família. Quanto sentimento de angústia deve ter passado pela cabeça daquele moço? Por outro lado, como deve ter sofrido seu pai! Lembrando, pedindo a Deus pela vida de seu querido filho, desejoso de vê-lo bem e de volta em casa, confiando que Deus o estaria guardando, livrando do mal. As vezes, o remorso, a vergonha, os sentimentos negativos não deixam o verdadeiro sentimento de arrependimento dar lugar na hora da aflição. A pessoa mais corajosa que existe é aquela que enfrenta seus medos e anseios e parte para os braços do Pai, mas para isso, deve declarar-se arrependido e deixar as práticas que o distanciam de Deus.
Um dia ao olhar a estrada o horizonte distante, cheio de esperanças, o Pai pode contemplar a imagem do jovem filho, cabisbaixo pelo arrependimento, se chegando junto daquele que nunca o esquecera.(Lc 15.21) Sem perda de tempo, o Pai lançou-se ao pescoço do filho abraçou e o beijou. Acredito que houve choro de alegria! Era dia de alegria, salvação, arrependimento, renovação, reencontro, aceitação!
A Bíblia nos ensina a vivermos na prática da oração e leitura da palavra! Só assim, compreenderemos o amor de Deus em relação ao perdão de pecados da humanidade! O Pai, sabiamente aceitou o jovem, não criticou, não renegou, não desprezou-o por suas atitudes. Antes o recebeu, mandou trocar-lhe as vestes sujas, tomar banho para tirar toda sujeira e mandou alimentá-lo. Espiritualmente, Jesus faz assim com todos que se arrependem de seus pecados. Ele abraça o pecador, dá uma nova chance, nova vida, novo rumo a vida de quem O aceita. As vestes, são os novos conceitos, nova posição de acordo com a palavra de Deus, e o alimento, é o pleno conhecimento da palavra plantada no coração do novo filho. Deve ser mantimento de fé e prática, sem ela na nossa vida, não conseguiremos resistir as tentações que virão.
O Pai festeja alegremente a volta do filho à realidade. Ele sabe o valor que tem uma vida, e sabe valorizar o arrependimento, quando vem do mais profundo lamento do coração, da mesma forma que Jesus nos perdoa, independente da situação que nos encontramos_’pecado’, Ele é fiel e justo para nos perdoar e apagar todo mal. (I João 1.9)
No Evangelho de Lucas capítulo 15:3-7, na parábola do Pastor que perde uma ovelha, ele sai pelas montanhas a procurá-la. Achando-a, pegou com ternura colocou-a em seus braços, percebendo que ela estava assustada e com frio, segurou-a em seus braços de amor. Com grande júbilo, a leva para junto de seu rebanho. Era uma em meio a cem, mas ele a teve como preciosa.
Jesus nos vê como preciosos aos seus olhos, ele aborrece o pecado, mas ama ao pecador, e sua vontade é que todos os homens cheguem ao pleno conhecimento da graça e do perdão de Deus. Todos nós pecamos e fazemos coisas erradas, mas o reconhecimento do pecado e a aceitação de Jesus é quem nos purifica, pois, Ele nunca pecou e pagou alto preço por nós na cruz, só Ele é quem nos dá garantia de remissão! (Mateus 18.11)
Deus é justo e quer que todos sejam também, Ele é poderoso e quer estar presente em sua vida sempre, independente de igreja, idade, condição. Ele quer lhe proteger, sustentar e torná-lo limpo. Confesse, aceite, se arrependa, ele quer te carregar nos braços e te dar tudo novo, como fez com o filho pródigo. Volta prá casa, o Pai te espera!