Primo da garota foi preso em flagrante suspeito do crime. Segundo a polícia, ele teve um surto psicótico.
No velório do corpo da menina que morreu após ser colocada sobre um fogão a gás acesso em Londrina, no norte do Paraná, a mãe do suspeito do crime estava inconsolável, assim como o restante da família.
“A dor é imensa, estamos dilacerados. Ela era minha sobrinha, mas minha filha também. O meu filho não fez em sã consciência”, lamentou a tia de Elloá, Amanda Lucas.
Elloá foi agredida e colocada sobre um fogão a gás acesso por um primo há um mês. Ela foi socorrida, levada ao Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu nesta segunda-feira (23).
Os familiares disseram que a menina teve uma melhora, a equipe médica chegou a informar que daria alta médica da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, mas na sexta-feira o estado de saúde se agravou. Uma infecção provocou a morte da criança.
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Menina de sete anos queimada pelo primo em fogão é enterrada, em Londrina — Foto: Reprodução/RPC
O primo, um jovem de 20 anos, está preso desde o dia das agressões. Ele foi indiciado por tentativa de homicídio, mas o delegado-chefe de Londrina, Osmir Ferreira Neves, esclareceu que agora o rapaz passa a responder por homicídio qualificado.
A mãe do suspeito, tia de Elloá, diz que o filho precisa de ajuda psicológica.
“Ele precisa de muita ajuda. Ele acha que a Elloá está bem em casa, que todos estamos bem. Vai passar essa crise. Vamos ficar unidos para ajudar o Alan”, concluiu Amanda.
O corpo da menina Elloá foi velado no Cemitério Jardim da Saudade.
Por meio de nota, o Ministério Público afirmou que aguarda o laudo do IML, da morte de Elloá, para juntar à denúncia.
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Vizinhos usaram uma mangueira para apagar o fogo no corpo da menina, em Londrina — Foto: Reprodução/RPC
O caso
A Polícia Militar (PM) disse que vizinhos socorreram a criança após ouvir gritos dentro da residência.
De acordo com a polícia, eles usaram uma mangueira para apagar o fogo no corpo da criança. Testemunhas relataram à polícia que encontraram o fogão da casa amassado.
Segundo a Polícia Civil, a menina morava na casa com a mãe, uma tia e dois primos. Vizinhos tentaram linchar o homem suspeito do crime. O irmão dele, que chegou ao local e tentou impedir as agressões, chegou a ser levado para a delegacia, mas foi liberado na sequência.