A Assembléia Legislativa deixou para depois das férias a votação do empréstimo da Cagepa. O pedido de autorização para que o Estado da Paraíba seja avalista em um empréstimo de R$ 120 milhões para a companhia foi adiado pelos parlamentares.O presidente da empresa, Deusdete Queiroga lamentou o adiamento da votação. “Ficamos muito preocupados. Esta decisão pode trazer danos graves para a companhia”, disse Deusdete.
Deusdete Queiroga apela para a sensibilidade dos deputados. “Eu acredito na responsabilidade e sensibilidade dos parlamentares para aprovar este empréstimo”.
O presidente ressaltou a compreensão do sindicato da companhia, que, recentemente encerrou a greve depois de uma negociação com o governo do Estado. “Foi fechado um acordo com o sindicato. Eles entenderam o momento de dificuldade que passa a companhia e aceitaram uma proposta para implantar a correção pela inflação para o final do ano”, disse.
De acordo com Deusdete Queiroga, a dívida atual da empresa com os Bancos privados, cujos juros são extorsivos, e serviço da divida com Caixa Econômica (FGTS) e o BNDES, chegam a R$ 190 milhões. “O valor da ordem do novo empréstimo é de R$ 120 milhões. O aval permite até o valor de R$ 150 milhões. A operação vai possibilitar que a dívida com quatro ou cinco bancos privados seja liquidada, permitindo que a Cagepa possa utilizar parte da sua receita na melhoria dos serviços de manutenção e qualidade do fornecimento de água”, afirmou.
O presidente ainda explicou que o empréstimo tem dois anos de carência e que é o tempo necessário que a Cagepa precisa para se reestruturar.
De acordo com Deusdete, a empresa arrecada em torno de R$ 36 milhões por mês e tem uma despesa de aproximadamente R$ 42 milhões, com déficit mensal de R$ 6 milhões. Ele apontou que grande parte da despesa da Empresa é comprometida com pessoal, parcelamentos de impostos e financiamentos bancários com altos juros. “Com o empréstimo conseguiremos reduzir as despesas e equilibrar a empresa”, destacou.
Queiroga finalizou explicando que ao longo dos meses, a Cagepa vai reduzir ainda mais as despesas, aumentar a receita e se reestruturar para daqui a dois anos começar a pagar esse financiamento, caso a Assembleia venha a entender a grave crise por que passa a companhia.
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