A articulação com o Congresso continua mal resolvida, e não foi por falta de tentativas do presidente Jair Bolsonaro, que confiou a tarefa ao ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), que fracassou, depois ao ministro da secretaria de Governo, Santos Cruz, que foi demitido, e por último ao substituto deste, Luiz Eduardo Ramos, cuja capacidade de analisar cenários políticos só não é maior que seu talento de se relacionar com pessoas. Mas “Ramos não é do ramo”, como brincam os políticos.
Deputados e senadores falam bem de Ramos, mesmo sem querer, ao se confessarem “tímidos” para tratar de “certos assuntos” com ele.
Para cravar o ex-deputado Alberto Fraga (DEM) no lugar de Ramos, Bolsonaro fez várias tentativas amigáveis, mas todas frustradas.
Há duas semanas, Ramos foi convidado a ser embaixador em Israel, onde foi adido militar, país estratégico para Bolsonaro. Mas declinou.
Bolsonaro não desistiu de Fraga. Ele até pode virar ministro, mas terá de se ser inocentado de processo de corrupção na Justiça de Brasília.
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