Uma criança de Cruz do Espírito Santo morreu vítima da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (14), que a Paraíba tem sete casos confirmados da doença associada à Covid-19 e que há 13 notificações para a SIM-P, conforme dados atualizados na sexta-feira (11).
A doença acomete crianças e adolescentes. Três casos suspeitos foram descartados e outros três seguem em investigação, sendo um óbito.
Os dados foram avaliados por uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), formada por médicos, enfermeiros e residentes dos hospitais onde ocorreram as notificações dos casos suspeitos da SIM-P e da Rede Cuidar.
“A vigilância para estes casos, a nível nacional, foi disparada há pouco mais de um mês, então, é tudo muito recente. Levando isso em consideração, a Paraíba está bem avançada no que diz respeito às notificações. Quanto mais as equipes de saúde notificarem casos suspeitos, mais temos como desenhar um panorama de forma mais fidedigna e, consequentemente, implementar ações efetivas e necessárias”, informou a chefe do Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas da SES-PB, Fernanda Vieira.
Em agosto deste ano, a SES-PB divulgou uma Nota Técnica alertando profissionais de saúde e secretarias municipais de saúde sobre a ocorrência e notificação imediata obrigatória da SIM-P. A notificação imediata e obrigatória é essencial para que se possa caracterizar o perfil da doença no país “em pessoa, tempo e lugar”, afirma o documento. O registro deve ser feita, em 24 horas, por meio de formulário de notificação do SUS e enviadas as demais informações necessárias no email [email protected]. Já a amostra laboratorial deve ser encaminhada ao Lacen-PB.
SIM-P
Entre os sintomas mais comuns dessa síndrome estão febre elevada e persistente, acompanhada de pressão baixa, conjuntivite, manchas no corpo, diarréia, dor abdominal, náuseas, vômitos e comprometimento respiratório, associado a marcadores de inflamação elevados e evidência de Covid-19.
“É importante que as equipes de serviços pediátricos estejam atentas às buscas caso a caso e observando possíveis quadros que atendam à definição de caso da síndrome, objetivando ofertar a assistência necessária para o paciente e com posterior confirmação”, alertou Fernanda.
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