O governo do Rio de Janeiro vai lançar no mês que vem o edital para privatização da administração do Maracanã. O estádio, que está sendo reformado para a Copa do Mundo de 2014, deve ser reaberto em fevereiro de 2013 já sob controle de uma entidade privada.
O empresário Eike Batista é um dos que já declarou interesse em assumir o Maracanã. Flamengo e Fluminense também estão elaborando projetos para entrar na disputa pelo estádio.
Apesar de ainda não terem muitas informações sobre como a concessão será feita, ambos os clubes têm planos para o Maracanã. O Flamengo, por exemplo, deve buscar parcerias com empresas para tentar levar a licitação e controlar o estádio. O próprio Eike Batista é um dos cotados para se unir ao clube. Ninguém no Flamengo, porém, confirma essa negociação.
Já o Fluminense ainda não definiu como pretende disputar o controle do estádio. Entretanto, está estruturando um programa de “sócio-futebol” que pode atrair mais torcedores para os jogos do clube, que devem voltar a ser disputados no estádio mais popular do Rio de Janeiro.
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, afirmou ao UOL que a criação do programa deve ser votado pelo Conselho Deliberativo do clube também no mês que vem. Segundo ele, o “sócio-futebol” terá direito a voto, acesso ilimitado ao clube e prioridade na compra de ingressos.
Siemsen ainda reclamou da falta de informações sobre a privatização do Maracanã. Para ele, isso atrapalha a estruturação dos planos do Fluminense. “O clube vive de receita e tentamos fazer um planejamento de longo prazo. Essa incerteza em relação ao modelo e ao estádio prejudica.”
De acordo com o governo do Rio de Janeiro, a incerteza não deve durar muito tempo. Assim que o edital de licitação do Maracanã for publicado, uma audiência pública será convocada e todos os interessados, incluindo os clubes, poderão esclarecer dúvidas sobre a privatização.
Por enquanto, detalhes sobre o processo são confidencias. No início deste ano, o governo do Rio de Janeiro publicou um edital pedindo que empresas elaborassem projetos para a privatização da administração do Maracanã. Só a IMX, uma das companhias de Eike Batista, fez tal estudo. Nem o governo nem a empresa revelam o conteúdo dele.
Sabe-se só que é com base nas informações repassadas pela IMX que o governo fluminense estrutura a licitação do Maracanã. Segundo o governo do Rio de Janeiro, caso a IMX também decida entrar na disputa pelo controle do Maracanã, ela não terá qualquer tipo de vantagem ou privilégio.
Deu no Pbacontece