O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), voltou a minimizar a crise da Covid-19 no país. No Guarujá, litoral paulista, onde vai passar o feriado de 12 de outubro, o mandatário falou a jornalistas e apoiadores que “quem não pegou (o coronavírus), vai acabar pegando”. “Pouco mais de 80% são assintomáticos. Por que esse trauma? Por que esse medo? A indústria da máscara te agradece e muito”, disse. O Brasil chegou, neste domingo (10), a 601.011 óbitos por Covid-19.
Bolsonaro estava sendo questionado sobre o uso de máscaras de proteção, que ajudam a impedir a disseminação do coronavírus. Ele afirmou ainda que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um estudo para desobrigar o uso de máscara. “Mas o que eu falar ou o Queiroga escrever não vale nada. O que vale é a decisão dos prefeitos. Assim foi a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal)”, pontuou.
O presidente se refere à decisão do STF que deu autonomia aos estados e municípios a tomarem medidas de distanciamento social durante a pandemia, como determinações pelo fechamento de comércios. A decisão do Supremo, entretanto, não impediu o governo federal de atuar durante a pandemia.
Na última sexta-feira (8), o ministro Queiroga comparou o uso obrigatório de máscaras com o uso de preservativos, que evitam a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Para ele, com o avanço da vacinação, o uso da máscara deveria se tornar facultativo, mas não definiu uma data para o ministério recomendar a flexibilização.
“O cuidado é individual, o benefício é de todos. Ocorre que existem leis que querem obrigar as pessoas a usar máscara. Elas são ineficazes. Preservativos diminuem doenças sexualmente transmissíveis. Vou fazer lei para obrigar as pessoas a usar preservativo? Imagine”, declarou.
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