terça-feira, novembro 26, 2024
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Guerra na Ucrânia: Mariupol corre risco de surto de cólera, alerta Reino Unido

A cidade de Mariupol, no Sul da Ucrânia, destruída por bombardeios após a invasão militar da Rússia, corre o risco de enfrentar um grande surto de cólera. O alerta foi feito pela Ministério da Defesa do Reino Unido nesta sexta-feira.

Casos isolados da doença foram registrados desde maio, mas a situação deve piorar porque a Rússia apresenta dificuldades de oferecer serviços públicos básicos em territórios ocupados, onde o acesso a água potável também é inconsistente, conforme o relatório da Inteligência.

O governo inglês destaca ainda que a Ucrânia enfrentou uma epidemia de cólera em 1995 e registrou poucos casos desde então, especialmente na região costeira do Mar de Azov, que incluiu Mariupol. Um novo surto poderia piorar ainda mais a situação do sistema de saúde que já está a beira do colapso.

O Exército russo anunciou em 20 de maio a “liberação total” de Mariupol. O desfecho ocorreu quase um mês depois de o presidente russo, Vladimir Putin, reivindicar vitória na cidade e ordenar o cerco no local. A cidade é onde fica a siderúrgica Azovstal, palco de um dos mais longos cercos armados desde o início da invasão militar. O imenso complexo, com seu labirinto de galerias subterrâneas construídas no período soviético, foi foco de resistência ucraniana e até abrigo para civis na cidade portuária bombardeada sem trégua pelos russos.

Nesta semana, a Agência de notícias russa Tass , citando uma autoridade russa como fonte, informou que mais de mil soldados ucranianos que se renderam na cidade foram transferidos para a Rússia e serão submetidos a uma investigação.

A decisão poderia minar negociações para o fim do conflito entre Kiev e Moscou. O governo ucraniano queria que os mais de 2 mil combatentes fossem libertados em troca de prisioneiros russos, mas Moscou exigiu que alguns dele sejam julgados.

Inicialmente, os soldados ucranianos foram levados para áreas controladas por forças pró-Moscou e órgãos internacionais fizeram um apelo para que as convenções internacionais sobre o tratamento de prisioneiros de guerra fossem cumpridas.

ClickPB

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