O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba decidiu nesta quarta-feira, 24, acatar o recurso impetrado pelo então secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer Marconi Paiva (PMDB) em relação à reprovação de suas contas relativas ao exercício de 2006. A sentença deve gerar a saída do político da lista de fichas sujas e causar a validação dos votos obtidos por ele para vereador de João Pessoa. O registro de Marconi, até agora, está sub-júdice. Caso se confirmem os votos dados a ele na eleição do último dia 7, o coeficiente eleitoral fará com que Valdir José Dowsley, o Dinho, do PR, seja eleito para a Câmara no lugar de Renato Martins (PSB).
Ao ser questionado sobre a expectativa de alteração no resultado das eleições, Renato reagiu com veemência e fez uma grave acusação ao Tribunal de Contas do Estado:
– Fico me perguntando o que deve ter ocorrido para mudar um julgamento que foi unânime um ano atrás. É um fato que foge ao nosso controle, mas isso não traz qualquer alteração ao processo eleitoral. O que importa é que no dia 5 de agosto ou o candidato é ficha limpa ou suja. Qualquer reviravolta extemporânea que venha a ocorrer não tem mais valor para a lei eleitoral. Tenho absoluta certeza e ouvi a opinião de vários juristas sobre isso. Queria registrar que o Tribunal de Contas, que tem a função da balizar e julgar as contas dos gestores que usam o dinheiro público mudou tão rapidamente de opinião somente pelo interesse eleitoral de A ou B. Isso é que chama a atenção. Não apenas ponho em xeque a idoneidade do Tribunal, mas, antes de mais nada, sou um militante e como tal vou defender a lisura dos processos políticos e que as instituições do meu Estado sejam éticas e que o dinheiro público seja usado para o bem público. Quando o Tribunal de Contas dá um julgamento unânime reprovando as contas e alguns meses depois, porque mudam os interesses e aparecem outro tipo de favor, as mesmas pessoas mudam o entendimento de forma estranha, analisando os mesmos fatos, é absolutamente estranho e suspeito.
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