A diabetes é conhecida como uma doença silenciosa, isso porque vai evoluindo sem que o paciente se dê conta. Os sintomas são inespecíficos, o que pode atrasar o diagnóstico.
A condição não tem cura e atinge vários órgãos do corpo. Sem a insulina necessária para levar a glicose às células, o excesso de açúcar circulando no sangue vai danificando os vasos e, a longo prazo, provoca danos sérios aos rins, coração e olhos, entre outros.
Por ser uma doença sistêmica, a diabetes produz sintomas em diferentes partes do corpo que, nem sempre, são associados à condição. “Os altos níveis de glicose provocam uma série de inflamações. Os olhos, por exemplo, podem ser afetados pela falta de irrigação sanguínea. Em casos assim, a visão fica turva”, alerta a médica.
O endocrinologista Fernando Valente, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), lembra que os sinais mais comuns da doença são boca seca e urina excessiva. Ele recomenda exames de sangue periódicos para acompanhar o nível de açúcar no sangue, mas também reforça a necessidade de as pessoas conhecerem os sintomas menos frequentes.
“A diabetes é uma doença grave, que exige medidas de controle, por isso o diagnóstico é muito importante”, explica Valente.
Confira alguns dos sintomas menos conhecidos da diabetes:
1. Visão turva
Os altos níveis de glicose provocam uma série de inflamações crônicas no corpo. No caso dos olhos, pode ocorrer um embaçamento intenso da vista e o surgimento de manchas escurecidas que prejudicam a visão. O problema se chama retinopatia diabética e pode levar à cegueira.
2. Formigamento nas pernas
A diabetes também afeta a circulação sanguínea para as extremidades do corpo. É comum que os pacientes sintam fraqueza e formigamento nas pernas. “A diabetes piora o retorno venoso e, portanto, provoca sensação de cansaço, formigamento ou inchaço nas pernas”, destaca Valdirene.
A diabetes é uma doença que tem como principal característica o aumento dos níveis de açúcar no sangue. Grave e, durante boa parte do tempo, silenciosa, ela pode afetar vários órgãos do corpo, tais como: olhos, rins, nervos e coração, quando não tratada
A diabetes surge devido ao aumento da glicose no sangue, que é chamado de hiperglicemia. Isso ocorre como consequência de defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose nas células, de forma que elas aproveitem o açúcar para as atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação ocasiona o acúmulo de glicose no sangue, que em circulação no organismo vai danificando os outros órgãos do corpo
Uma das principais causas da doença é a má alimentação. Dietas ruins baseadas em alimentos industrializados e açucarados, por exemplo, podem desencadear diabetes. Além disso, a falta de exercícios físicos também contribui para o mal
A diabetes pode ser dividida em três principais tipos. A tipo 1, em que o pâncreas para de produzir insulina, é a tipagem menos comum e surge desde o nascimento. Os portadores do tipo 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais
Já a diabetes tipo 2 é considerada a mais comum da doença. Ocorre quando o paciente desenvolve resistência à insulina ou produz quantidade insuficiente do hormônio. O tratamento inclui atividades físicas regulares e controle da dieta
A diabetes gestacional acomete grávidas que, em geral, apresentam histórico familiar da doença. A resistência à insulina ocorre especialmente a partir do segundo trimestre e pode causar complicações para o bebê, como má formação, prematuridade, problemas respiratórios, entre outros
Além dessas, existem ainda outras formas de desenvolver a doença, apesar de raras. Algumas delas são: devido a doenças no pâncreas, defeito genético, por doenças endócrinas ou por uso de medicamento
É comum também a utilização do termo pré-diabetes, que indica o aumento considerável de açúcar no sangue, mas não o suficiente para diagnosticar a doença
Os sintomas da diabetes podem variar dependendo do tipo. No entanto, de forma geral, são: sede intensa, urina em excesso e coceira no corpo. Histórico familiar e obesidade são fatores de risco
Alguns outros sinais também podem indicar a presença da doença, como saliências ósseas nos pés e insensibilidade na região, visão embaçada, presença frequente de micoses e infecções
O diagnóstico é feito após exames de rotina, como o teste de glicemia em jejum, que mede a quantidade de glicose no sangue. Os valores de referência são: inferior a 99 mg/dL (normal), entre 100 a 125 mg/dL (pré-diabetes), acima de 126 mg/dL (Diabetes)
Qualquer que seja o tipo da doença, o principal tratamento é controlar os níveis de glicose. Manter uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios ajudam a manter o peso saudável e os índices glicêmicos e de colesterol sob controle
Quando a diabetes não é tratada devidamente, os níveis de açúcar no sangue podem ficar elevados por muito tempo e causar sérios problemas ao paciente. Algumas das complicações geradas são surdez, neuropatia, doenças cardiovasculares, retinoplastia e até mesmo depressão
3. Infecções genitais
O excesso de glicose prejudica o equilíbrio natural natural da vagina, o que favorece o crescimento de bactérias como as que provocam a candidíase ou infecções urinárias.
4. Impotência sexual
Em homens, os problemas de circulação decorrentes da diabetes podem levar a dificuldades de ereção. Muitos pacientes procuram um médico para tratar essa complicação, e descobrem a diabetes.
Metrópoles
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