O presidente Lula (PT) segue trabalhando do Palácio do Alvorada uma semana depois de receber alta médica. Mesmo com a mobilidade prejudicada por causa da cirurgia na cabeça do fêmur da perna direita, segue com sua rotina de acordar às 7h da manhã e almoçar cedo, por volta das 11h.
Além da cirurgia na perna, o presidente também operou as pálpebras. Por isso, nos primeiros dias, teve que usar uma máscara de gel congelado, para diminuir o inchaço.
Falando em inchaço: por conta das primeiras sessões de fisioterapia, o presidente está usando uma joelheira elástica extensora no joelho esquerdo, por passar mais tempo forçando a perna que não foi operada.
Lula faz uma sessão de fisioterapia por dia, por volta das 15h. Realiza exercícios de fortalecimento da musculatura e de equilíbrio. Para se movimentar pelo quarto e escritório do Alvorada, usa um par de muletas curtas.
Todas as visitas foram vetadas pelo médico Roberto Kalil, que coordenou as cirurgias no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. Por conta da cirurgia, o sistema imunológico do presidente está fraco e infecções ou viroses podem se tornar comuns.
Por telefone, o presidente conversou com Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha(Relações Institucionais) e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Como mostrou a repórter Aná Flávia Castro, Lula pegou leve no trabalho nesta primeira semana. Se afastou de temas polêmicos e não se envolveu na briga entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O presidente também pediu sossego e que cessem as pressões pelas indicações ao STF e à Procuradoria-Geral da República.
Ontem (08/10), recebeu o primeiro visitante “autorizado”: o cardeal Raymundo Damasceno Assis. O padre esteve na capela do Alvorada para celebrar, com Janja da Silva, o dia de Nossa Senhora de Nazaré. Ele aproveitou para subir ao segundo andar do Palácio e orar com Lula.
Metrópoles
