Jannyne Dantas e Amanda Duarte, ex-gestores do Hospital Padre Zé, confessaram, em mensagens de WhatsApp, que a compra de 38 monitores multiparamétricos, custando R$ 363.926,00 ao Instituto São José, ocorreu de forma fraudulenta e com nota fria. A informação consta na decisão do desembargador Ricardo Vital, que determinou a prisão das duas e do padre Egídio de Carvalho, ex-presidente do Instituto e do Hospital Padre Zé.
Como apurado pelo ClickPB, documentos obtidos na investigação mostra que a compra dos monitores foi feita em 28 de dezembro de 2022, junto à empresa Cirúrgica Nordeste Comércio de Material Médico. Cada equipamento custou R$ 9.577,00.
O documento obtido pelo ClickPB cita que em 28 de dezembro de 2021 também houve uma compra de 38 monitores, com o mesmo valor de 2022, feito com a empresa Washington Honório Fernandes.
Como verificado pelo ClickPB, em 28 de novembro de 2022 houve um pagamento de R$ 363.926,00 à empresa Cirúrgica Nordeste, com recursos vindos da conta do Instituto São José. No entanto, uma auditoria realizada pela nova gestão do Instituto não identificou o recebimento dos equipamentos, que também não constam em inventário ou tombamento.
“Deste modo, há contundente indício de que houve o pagamento, com recursos adquiridos por meio de convênio com o município de João Pessoa, de bens não recebidos pelo Instituto São José”, cita a decisão do desembargador, como notado pelo ClickPB.
O documento ainda informa que conversas de WhatsApp entre Jannyne Dantas e Amanda Duarte mostram conversas com a confissão de que os monitores não foram entregues e que a nota fiscal da compra era fria.
Padre Egídio de Carvalho e Jannyne Dantas e Amanda Duarte foram presos nesta sexta-feira e vão passar por audiência de custódia. Em decisão do desembargador, Amanda Duarte deverá cumprir prisão domiciliar porque é mãe de um bebê de quatro meses.
ClickPB