A expectativa é que os dois também conversem sobre o conflito entre Israel e Hamas. Isso porque, como secretário, Blinken tem atuado na negociação entre países para tentar acabar com a guerra.
No último domingo (18), Lula comparou os ataques de Israel aos palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto promovido pela Alemanha nazista contra judeus, durante Segunda Guerra mundial.
A declaração teve forte repercussão internacional. O governo israelense declarou Lula “persona non grata” até que o petista se retrate.
A declaração de “persona non grata” é uma medida utilizada nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é bem-vindo no país.
No Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, para uma reunião.
Em outra frente, o governo brasileiro mandou o embaixador em Israel, Frederico Meyer, retornar de Tel Aviv para o Brasil.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde o início do conflito, em outubro passado, quase 26 mil civis foram mortos, a maioria palestina.
Outras agendas
Como parte da visita ao Brasil, o secretário ainda deve enfatizar as comemorações dos 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países.
Segundo o governo norte-americano, em território brasileiro, Blinken ainda ressaltará o apoio dos Estados Unidos à presidência do Brasil no G20; à realização da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 no Rio de Janeiro; à parceria Brasil-EUA pelos direitos dos trabalhadores; e à cooperação na transição para a energia limpa.
Após a reunião com Lula, Antony Blinken seguirá para o Rio de Janeiro, onde para participará de uma reunião do G20.
A visita à América do Sul se estenderá a Buenos Aires, onde o secretário Blinken se encontrará com o presidente argentino Javier Milei.
Quem é Antony Blinken
O atual secretário de Estado do EUA é um dos principais auxiliares do presidente Joe Biden.
O cargo de Blinken equivale ao de ministro de Relações Exteriores no Brasil. Por isso, é ele quem responde pela diplomacia norte-americana.
CNN Brasil