Mais de 29 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.
O ataque do Hamas em 7 de outubro matou 1.200 pessoas em Israel, segundo as autoridades israelenses.
Uma série de princípios são descritos no documento, desde mudanças nos níveis de segurança e civil até planos de longo prazo sobre quem governaria o território.
No dossiê de segurança, o plano previsto inclui Israel fechando a fronteira sul de Gaza com o Egito, dando a Israel o controle total de entrada e saída do enclave.
Atualmente, o Egito controla o acesso de e para a fronteira sul de Gaza através da passagem de Rafah.
O plano de Netanyahu diz que Israel cooperará “tanto quanto possível” com o Egito, em coordenação com os Estados Unidos.
Não está claro se Israel obteve a aprovação do Egito para esse elemento do plano, ou para qualquer parte dele. Mas um oficial israelense disse à CNN que o plano estava “alinhado” com os EUA.
Não houve reação oficial imediata dos EUA à proposta.
O plano afirma, como Netanyahu disse antes, que “Israel terá controle da segurança sobre toda a área a oeste da Jordânia”, que inclui toda a Cisjordânia e Israel, bem como a Faixa de Gaza.
Os palestinos há muito tempo visam a criação de um Estado independente na Cisjordânia ocupada, em Jerusalém Oriental e em Gaza.
Israel será responsável por “realizar e supervisionar” a desmilitarização da Faixa, diz o plano, exceto pelo que for necessário para manter a ordem pública.
A nível civil, Netanyahu detalha uma revisão da administração civil e dos sistemas educativos de Gaza, incluindo um aparente corte de financiamento do Catar para Gaza – que um governo anterior de Netanyahu aprovou e facilitou.
As entidades locais que dirigem a função pública “não serão identificadas com países ou entidades que apoiam o terrorismo e não receberão pagamento deles”, diz o plano.
Embora seja provavelmente uma referência ao Catar, não está claro se também se aplicaria à Autoridade Palestina (AP), uma versão revitalizada da qual os EUA disseram que deveria governar Gaza no futuro.
O plano de Netanyahu também apela à “desradicalização” do sistema educativo, que Israel e os seus aliados acusam de promover o antissemitismo e o ódio a Israel.
O plano repete que Israel trabalhará para encerrar a UNRWA, a principal agência das Nações Unidas que apoia os refugiados palestinos, e trabalhará para substituí-la “por agências de ajuda internacional responsáveis”.
Israel acusa cerca de uma dúzia de funcionários da UNRWA de estarem diretamente envolvidos no ataque do Hamas em 7 de outubro. A agência emprega cerca de 13 mil pessoas em Gaza.
Finalmente, o plano reitera a insistência de Israel de que não será forçado pela comunidade internacional a reconhecer um Estado palestino, uma possibilidade que o Reino Unido e o presidente dos EUA, Joe Biden, começaram a sugerir.
“Israel rejeita abertamente os ditames internacionais relativos a um acordo permanente com os palestinianos”, diz o esboço de Netanyahu, afirmando que o reconhecimento de um Estado palestino agora seria “uma enorme recompensa ao terrorismo sem precedentes”.
CNN Brasil