O presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou nessa terça-feira (8/19) uma viagem à Alemanha marcada para esta semana que culminaria em uma cúpula onde seria discutido o “plano da vitória” do presidente ucraniano Volodimir Zelenski na guerra contra a Rússia.
A Casa Branca informou que o cancelamento se deu em razão da aproximação do furacão Milton, que se dirige para o estado da Flórida e retornou ao status de uma tempestade de categoria 5 – a mais alta na escala Saffir-Simpson – na tarde desta terça. A expectativa das autoridades americanas é que o furacão pode se tornar o “mais devastador em 100 anos”.
O furacão ameaça trechos da costa oeste da Flórida atingidos recentemente pelo furacão Helene, que causou estragos na região no final de setembro. Segundo a Casa Branca, Biden decidiu permanecer no país para “supervisionar os preparativos e a resposta” ao furacão.
Cúpula esvaziada
Não ficou claro como a ausência de Biden deve afetar a cúpula. No evento, líderes das principais nações aliadas da Ucrânia se reuniriam primeira vez na base aérea americana de Ramstein, na Alemanha.
“Vou falar hoje com meu amigo, o chanceler da Alemanha, e vamos tentar resolver isso”, disse Biden durante um breve discurso sobre o furacão na Casa Branca.
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, disse compreender as razões do presidente americano para cancelar a viagem e que a visita seria remarcada. “Se essas tempestades estivessem acontecendo no meu país, eu tomaria a mesma decisão”, afirmou.
O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, já haviam confirmado presença. Participariam do evento cerca de 20 líderes internacionais.
“Uma das piores tempestades em 100 anos”
Biden alertou que o furacão Milton poderá se tornar “uma das piores tempestades em 100 anos a atingir a Flórida”.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA alertou que a tempestade “está prevista para permanecer um furacão extremamente perigoso ao atingir a costa na Flórida”.
O Milton, que retornou ao status de categoria 5 na terça-feira, ameaça a área da Baía de Tampa, que abriga mais de 3,3 milhões de pessoas e conseguiu passar mais de 100 anos sem ser atingida pelo impacto direto de um grande furacão.