A Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), localizada em Campina Grande, no Agreste paraibano, anunciou nesta quinta-feira (14) a suspensão das cirurgias oncológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) devido a atrasos nos repasses financeiros da Prefeitura de Campina Grande. Conforme a denúncia, desde agosto o Hospital da FAP, que atende mais de 160 municípios, vem enfrentando dificuldades financeiras, e, caso o problema não seja resolvido, ficará impossibilitado de realizar cirurgias pelo SUS.
Nesta quinta-feira, uma reunião foi realizada entre o presidente da FAP, Derlópidas Neves, o secretário de Saúde de Campina Grande, Carlos Dunga Jr., e a promotoria de saúde da cidade, com o objetivo de buscar um consenso sobre os repasses e alternativas para evitar a interrupção dos serviços prestados pelo hospital.
Em nota oficial, a Secretaria de Saúde de Campina Grande e a FAP informaram que “não houve suspensão de cirurgias e de nenhuma atividade do Hospital da FAP, institucionalmente.” Ambas as instituições explicaram que o atraso nos repasses ocorre, em parte, pela demora na aprovação da lei de suplementação orçamentária do Município pela Câmara de Vereadores, necessária para reforçar rubricas que ultrapassaram o orçamento inicial devido ao aumento da demanda.
Outro fator citado foi o atraso do Ministério da Saúde no envio dos recursos do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações (FAEC) referentes ao mês de outubro. Segundo a Secretaria de Saúde, os valores pendentes devem ser pagos ainda em novembro, permitindo à gestão municipal regularizar a situação com a FAP.
A nota oficial conjunta ainda afirma que tanto a Prefeitura de Campina Grande quanto a direção da FAP estão empenhadas em garantir o funcionamento dos serviços de saúde. A unidade hospitalar está em fase de reestruturação e ampliação, contando com o apoio de doações e emendas parlamentares.
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