Preocupado com o inverno que se aproxima, e o continuo crescimento de arvores em sua barragem, o editor, que mora na boca da agua fez apelos diversos entre Cagepa, Aesa e o Ministério Publico, por ultimo encomendou uma pesquisa/estudo sobre a derrubada ou não das árvores que ali se encontram. Pesquisa que foi feita pelos Jovens Ingaenses Jamylle Valente e Christian Raphael (foto)conforme se segue abaixo :
Analise ambiental do Açude Cardosos em Ingá – PB
Entre os dias 25 e 27 de janeiro de 2013, foi feito no Açude Cardosos, localizada na fazenda Senzala no município de Ingá – PB, um estudo ambiental com o intuito de analisar as conseqüências da retirada ou permanências da vegetação no açude..
Observou-sea presença de arvores lenhosa de porte mediano e vários arbustos, os mesmos, devido à localização, não são considerados parte constituinte da mata ciliar. (Remover ou alterar a vegetação das APPs -Áreas de Preservação Permanente- na qual esta inclusa a mata ciliar, é crime ambiental, como consta no 2° Art. da Lei n° 4.771/65 do código florestal).
A vegetação esta presente no talude jusante, na crista e no talude montante do açude, aumentando sua densidade respectivamente.
Como podemos observar na Figura 1, o talude jusante possui uma vegetação escassa, formada apenas por alguns arbustos e árvores de pequeno porte. Esta vegetação, atualmente não interfere na estrutura física do talude, justamente pelo seu pequeno porte, entretanto é necessário medidas de contenção para que a mesma não venha a se multiplicar e desenvolver, trazendo assim riscos reais a esta estrutura do açude
Na figura 2 observa-se a crista da barragem, onde a vegetação já possui um porte mediano e é mais densa que no talude jusante.
A figura 3 mostra o talude montante, certamente é nessa área onde ocorrem os principais riscos a estrutura da barragem. Como se sabe o talude montante mantém contato direto com a água represada e a vegetação presente nesta área é densa e de porte mediano. Nota-se, como mostra a figura 4, que a parte radicular da vegetação já esta danificando a estrutura da barragem, tendo em vista que a vegetação presente encontra a situação propicia para se desenvolver, com o passar dos anos e conseqüentemente o desenvolvimento dos espécimes presentes, certamente o problema vira a se agravar de forma progressiva e continua e o risco de infiltração e até mesmo do rompimento da barragem será eminente.
Por fim, a permanência da vegetação nas áreas citadas pode vir a comprometer a estrutura física do açude.
Em suma, é recomendado com caráter de urgência à retirada da vegetação nos taludes montante e jusante, bem como na crista da barragem e posteriormente fazer os devidos reparos nas áreas afetadas pela vegetação.
Christian Raphael D. Mouzinho Soares
Graduando em Agronomia
Jamilly Erlânia Valente de Carvalho
Técnica Ambiental
Blog do Vavá da Luz