Os professores ligados à Associação dos Professores de Licenciatura Plena da Paraíba (APLP-PB) protocolaram um documento no Palácio da Redenção requisitando uma audiência com o governador Ricardo Coutinho para discutir o reajuste dado à educação neste ano.
No documento os professores exigem que o aumento de 20% anunciado pelo governo seja extensivo a todo o magistério. Segundo o presidente da Associação, Francisco Fernandes, o aumento apresentado para a mídia de 20% seria “irreal”, já que atingiria apenas um profissional, não sendo estendido a outros.
“Os 20% só beneficiarão um profissional que tem a classe A e o nível 1. Só ele está nesta categoria. Mais nenhum. Todos os outros, com licenciatura plena, mestrado, doutorado, tempo de carreira, ficarão com um reajuste de 9%, que está abaixo do piso nacional, que é de 13,01%”, explicou.
Ele ainda reclamou que o aumento será dado em duas parcelas. “O pagamento é em duas partes. Uma de 4,5% hoje e outra de 4,5% em outubro. E a segunda parte do aumento não é proporcional. Ou seja, vai ser um aumento de 4,5% em cima do valor do salário do ano passado”, revelou o professor.
Além do reajuste os profissionais reclamam da falta de um plano de carreira. “É um plano descaracterizado. O professor não tem estímulo para fazer um curso de graduação, pós-graduação. Estamos na contramão da história. Uma acentuada desvalorização do magistério”, declarou Francisco.
A Associação promoveu assembleias regionais ao longo das últimas semanas, que culminaram na confecção do documento que foi entregue hoje, após reunião na sede da APLP, em João Pessoa. “Essa luta é para que o professor não fique no início do ano com o pires na mão. Vamos promover assembleias em todas as regiões do estado e após o carnaval vamos para uma assembleia geral quando vamos definir se entramos ou não em greve”, concluiu.
João Thiago
Paraiba.com.br