Diante das últimas movimentações políticas em Ingá, a situação está mais para VERDADES SECRETAS do que para OS DEZ MANDAMENTOS
Justificando sua união com o prefeito Manoel da Lenha, o ex-prefeito Antônio Burity com sua criatividade profética, fez uma analogia com a novela de sucesso da Rede Record, Os Dez Mandamentos, enaltecendo a necessidade de aparar as arestas, deixar de lado as divergências e formar uma união dos dois grandes líderes do município para tirar o povo do sofrimento, segundo suas palavras.
De fato as intenções devem ser das melhores no sentido de aproximar a gestão estadual com a municipal com vistas a fazer parcerias, trazer benefícios concretos e melhorar o Ingá, e sem dúvida, isto realmente é louvável.
Porém, como sempre, o que rola na prática dos bastidores políticos nestes momentos que antecedem o prazo final para filiações de candidatos a prefeito e vereadores aos partidos políticos, vê-se que as coisas estão mais para o nível de VERDADES SECRETAS do que a temática bíblica.
Rola de tudo: paquera, namoro escondido, casamento de conveniência, chifre eleitoral, intriga, traição, cooptação, trocas repentinas de posições, entre outras tantas “servegonhices políticas” impublicáveis. Uma verdadeira orgia eleitoral onde de um dia para o outro, pré-candidatos trocam mais de partido do que a personagem de Verdades Secretas, Angel, trocava de calcinhas.
Assim como na novela de sucesso da Globo, Verdades Secretas, os personagem políticos atuais agem como se não tivessem o menor pudor em ficar “nu” e mostrar a “bunda” ao público, eleitoralmente falando.
Em suas decisões de mudança de opinião ou de posição, fica evidente o menosprezo ao eleitor comum ou àqueles seguidores fiéis que bravamente empunham suas bandeiras nas campanhas eleitorais. Estes passaram a ser DESCARTÁVEIS.
Em pouco tempo, a continuar assim a politicagem miúda, as cenas de despudor político passará à nudez frontal, em que se tratará o eleitor não mais mostrando a bunda como sinal menosprezo, mas sim a “banana”. Ou já é assim?
Talvez o eleitor mais tradicional estranhe esta política de tapas e beijos, uma vez que estava acostumado a definir claramente quem era quem: Zé Grande ou Wellington Barbosa, PSD ou UDN, ARENA ou MDB.
Chega a ser engraçado se não fosse trágico, o rodízio de partidos e de posições; insultos seguidos de abraços e tapinhas nas costas; agressões seguidos de juras de amor. Nesta Sodoma e Gomorra eleitoral atual, o eleitor fica atônito sem saber quem é situação ou oposição, adversário ou correligionário, e tomara que Deus não esteja vendo e não envie seu castigo celeste, nem lembre de lançar nenhuma das sete pragas do Egito, pois verdadeiramente quem sofre é o povo, já que os políticos são capazes de tocar fogo em Roma enquanto se delicia de uvas e salamaleques, ao tempo em que escravos os abanam.
Portanto, qual será o final desta novela? Haverá verdadeiramente um profeta que liberte o povo, como em Os Dez Mandamentos ? Ou alguém será punido com um tiro eleitoral devido as traições, como em Verdades Secretas?
Só o povo poderá escrever o final.
Inga Cidadao