A expectativa para o júri desta terça feira no Fórum de Ingá indicava que seria um dos mais longos da história, devido a quantidade de réus e testemunhas a serem ouvidas, além das teses da defesa e acusação serem conflitantes no que acabaria havendo réplica e tréplica por parte dos advogados e Ministério Público. No entanto, um fato novo veio a mudar tudo. A prisão do foragido Josemar da Silva, mais conhecido como Nego Dó, nas primeiras horas da terça-feira.
O júri que estava marcado para iniciar às nove horas, teve um atraso de mais de uma hora, tendo em vista a Dra. Promotora de Justiça, Dra. Claudia Cabral Cavalcante, ao tomar conhecimento da prisão do principal acusado, decidiu ouvir suas declarações e toma-las por termo, antes do início do julgamento dos demais réus. Dra. Claudia falou que “seria imprescindível a oitiva das declarações do réu capturado, Josemar da Silva, Dó, a fim de reforçar suas convicções perante atuação no júri popular, tendo o cuidado de evitar a possibilidade de culpar inocentes e inocentar culpado”.
O julgamento foi cercado de medidas de segurança como a presença constante de policiais e revista das pessoas no acesso ao recinto do Tribunal do Júri.
Depois do sorteio dos jurados, iniciado o juri, logo nos primeiros depoimentos das testemunhas e dos réus na sessão presidida pela MM Juíza de Direito, Dra. Francilene Lucena Melo Jordão, começou a se desenhar e ficar claro a inocência dos réus presos e a culpabilidade exclusiva do réu capturado, Josemar da Silva, “Dó”, que confessou o crime.
Em sua fala, Dra. Claudia levou emoção à plateia e aos familiares dos réus quando ressaltou que o Ministério Público não é apenas um órgão acusador, mas também fiscalizador, e sobretudo, protetor da justiça.
Diante da clareza dos fatos, a Dra. Claudia, Promotora de Justiça, fez observação que no processo não havia provas que incriminassem os réus, Sandro Moura de Oliveira, José Roberto da Silva e Manoel Messias Silva Raimundo, e pediu ao Tribunal do Júri que os absolvesse, corroborada pelo defensor público, Dr. Milton Aurélio Dias dos Santos, e confirmada pelos jurados.
Por fim, a Juíza Dra. Francilene proferiu a sentença que absolveu os réus e determinou que fossem postos em liberdade. Porém, apenas Sandro Moura ficou livre, uma vez que os outros dois, Manoel Messias e José Roberto, continuarão presos por responder a outro processo de tentativa de homicídio.
Por volta da 17:00 hs foi encerrada a sessão do júri popular.