quarta-feira, outubro 2, 2024
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Maranhão pede desculpas à PB por ter apoiado Dilma e promete voto para afastá-la do poder

Senador relembrou episódios da eleição de 2014, onde mesmo após ter acordo descumprido pelo PT, ainda assim votou na reeleição de Dilma

O senador José Maranhão (PMDB) discursou no final da tarde desta quarta-feira (11) durante a sessão que julgará o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República para o prosseguimento do seu processo de impeachment e pediu desculpas à população paraibana por ter pedido votos à Dilma e contribuído para elegê-la. Ele afirmou que votará, ainda hoje, para que a petista seja afastada e relembrou episódios da eleição de 2014, onde mesmo após ter acordo descumprido pelo PT, ainda assim votou na reeleição de Dilma.

“Eu sou insuspeito para falar que cassar o mandato de uma presidente é golpe. Isso porque votei nela dos dois turnos. Inclusive no meu Estado disputando uma eleição para senador, depois da quebra de um acordo entre meu partido, o PMDB e o de Dilma. Quebraram o acordo faltando dias para as convenções. Mas mesmo assim mantive os compromissos firmados com a direção nacional do meu partido e do PT. Todos que votamos estamos tristes porque não se vota em um candidato sem confiar nele, sem ter a certeza que a causa é justa e depois de tudo que houve não posso mais dizer a mesma coisa, mas aproveito para pedir desculpa aos eleitores da Paraíba que me ouviram e sufragaram o nome de Dilma Rousseff”, declarou.

Durante o seu pronunciamento, José Maranhão que estará, logo mais, acolhendo o relatório do senador Anastasia (PSDB) porque acredita que há uma forte relação entre a crise econômica e o governo de Dilma Rousseff. Ele também destacou que acredita que ao final dos 180 dias de processo, o Senado confirmará a decisão de hoje, pelo impeachment de Dilma e pela ascensão de Michel Temer (PMDB) como presidente da República.

“Acolho o parecer do senador Anastasia pela forma como ele colocou as questões sobre as quais estamos sendo chamados para o julgamento final. Evidente que não será hoje, mas creio que o Senado, no momento certo vai dar seu veredicto definitivo, cumprindo com a responsabilidade democrática, como guardiões da Constituição e da lei e pela fidelidade ao povo que representamos. Não há dúvida de que há uma relação de causa e efeito entre o que está acontecendo com as finanças do Brasil. E a população que está nas ruas clamando por mudanças está sentindo os efeitos desta crise e legitimamente esta tem direito a clamar por mudanças na vida política brasileira”, afirmou.

Contra o parlamentarismo

O Senador ainda afirmou que este é um momento muito triste para o país e lamentou participar, pela segunda vez, de um processo de impeachment de um presidente. No entanto ele lamentou também as declarações de políticos que estão defendendo o parlamentarismo como solução para o país. “Ninguém gostaria que o Brasil estivesse vivendo isso efetivamente. E fui testemunha presencial por conta da minha longevidade e presença constante na vida política nacional, das ultimas quatro crises. E hoje vejo com certa desconfiança os discursos que clamam pela volta do parlamentarismo, que nunca funcionou bem, com uma instituição política que é imposta. Temos que encontrar dentro do próprio presidencialismo a solução para nos tirar da crise que estamos vivendo”, disse.

BLOG DO GORDINHO

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