quarta-feira, outubro 2, 2024
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Collor faz comparações com 1992 e diz que governo Dilma é irresponsável

Senador, ex-presidente da República que renunciou antes do impeachment, revelou que aconselhou que petista pedisse desculpas à Nação após as eleições, mas ela não lhe ouviu

Dois 81 senadores, o discurso mais esperado da sessão extraordinária foi o do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL). Ele usou seus 15 minutos e, da tribuna do Senado Federal, fez um discurso com comparações ao processo de impeachment que sofreu, em 1992, e com o que está sendo apreciado contra a presidente Dilma Rousseff.

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Ele começou citando uma obra de 1931, escrita por Ruy Barbosa, sob o título ‘Ruínas de um Governo’, que foi utilizado por Barbosa Lima Sobrinho como abertura da denúncia pelo seu impedimento em 1992. “Bastaram menos de quatro meses, entre a apresentação das denúncias e a decisão de renunciar antes do dia do julgamento. No atual processo, já se foram mais de oito meses. No depender do resultado de hoje, mais seis meses são previstos até o julgamento final. O rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor, não”, lembrou.

Collor destacou ainda que entre a chegada do seu processo ao Senado da autorização da Câmara Federal, até o seu afastamento provisório, transcorreram 48 horas. “Hoje, já se foram 23 dias somente na fase inicial nesta Casa (Senado). O parecer da comissão especial possui 128 páginas. O mesmo parecer de 1992, elaborado a toque de caixa, continha meia página com apenas dois parágrafos. Em 1992 fui instado a renunciar”, disse.

Ele alfinetou Dilma, argumentando que utilizou-se de advogados particulares. Lembrou que recorreu ao Supremo Tribunal Federal e foi absolvido anos depois de todos os crimes apontados. Collor disse que o governo Dilma tinha muitas irresponsabilidades e era arrogante. Contou que, após as eleições, sugeriu que a presidente pedisse desculpas por descumprir as promessas de campanha, mas não teria sido ouvido.

Da tribuna, ele não declarou o seu voto. Mas o tom do discurso deixou nas entrelinhas que votaria a favor do impeachment. “Constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política. Na irresponsabilidade pela deterioração econômica do país. Na irresponsabilidade pelo sucessivo e acachapante déficit fiscal e orçamentário”, citou.

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