O casal foi preso no dia 15 de agosto de 2017, suspeito de agiotagem, lavagem de dinheiro, associação criminosa e estelionato. No apartamento dos suspeitos, a polícia encontrou quase R$ 2 milhões em 250 cheques e notas promissórias, além de R$ 50 mil e cerca de 500 dólares em espécie. À época, o casal passou por audiência de custódia, pagou fiança e foi liberado.
Segundo Lucas Sá, em outubro do ano passado a Justiça expediu um mandado de prisão preventiva contra Sandra e Antônio. “O atual advogado deles foi até a 6ª Vara Criminal de João Pessoa e convenceu a assessora do local a ver o processo antes da expedição. Com isso, ele soube que os clientes iam ser presos e conseguiu fazer com que eles fugissem antes mesmo do mandado de prisão”, explicou. O casal está foragido desde então.
Pelo menos 10 pessoas já foram vítimas do casal. A polícia estimou um prejuízo de mais de R$ 3 milhões. Segundo o delegado, algumas vítimas chegaram a ser agredidas pelos suspeitos, que em certos momentos impediam que as pessoas quitassem as dívidas para continuar a receber os juros.
Já sobre a ameaça aos policiais, o delegado contou que o antigo advogado do casal procurou a delegacia para relatar as intenções dos foragidos.
“O advogado foi substituído durante o processo e, como ele tinha informações privilegiadas, procurou a delegacia voluntariamente e se dispôs a relatar tudo o que sabia. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) assegura a confidencialidade da relação advogado-cliente, salvo quando há vidas ameaçadas”, disse o delegado.