terça-feira, novembro 26, 2024
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Ricardo Coutinho: ‘Não sou responsável pela implosão da UEPB’

O governador Ricardo Coutinho, em sua passagem por Campina Grande, na última sexta-feira, 23, rebateu, em entrevista à Rádio Campina FM, o reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Júnior, que afirmou que o orçamento de 2018 da UEPB seria três milhões a menos que o executado para 2015. Em outra ocasião Rangel disse que o “Governo do Estado teria passado a mão, literalmente, em R$ 44 milhões da Universidade”.

Ricardo ressaltou que, em ofício datado de 18 de setembro de 2017, o reitor pedia o descongelamento das promoções e se comprometia em reduzir as despesas de pessoal, e em cumprindo os requisitos, pedia que o orçamento de 2018 não fosse inferior ao de 2017.

– Cada um diz o que quer, mas quando se tem responsabilidade de representar uma instituição não se pode fazer isso. Eu cansei de ver gente falando coisas que não são verdadeiras, achando que pode justificar a insuficiência administrativa, tentando jogar a responsabilidade em cima do Governo do Estado. Nós elevamos em mais de 80% o orçamento da UEPB, quando a inflação foi abaixo disso. Agora não é um saco sem fundo. Não se pode confundir autonomia com soberania. A UEPB pertence ao Estado da Paraíba. Eu posso dizer isso, porque nas duas vezes nomeei Rangel, respeitando a escolha da maioria. Agora eu também cobro – disse.

O governador ressaltou ainda que a Universidade Estadual estaria passando por um descontrole financeiro e que existe falta de gestão na mesma.

Questionado sobre o orçamento deste ano ser R$ 3 milhões a menos que o de 2015 e o que foi executado em 2017, Ricardo disse que isto aconteceu porque a UEPB não pagava o décimo terceiro dos professores e funcionários, e deixava esta responsabilidade para o Estado.

– Que conceito de autonomia é esse, onde não pago as coisas e jogo para aquele que seria o mantenedor. Isso não existe, isso se chama irresponsabilidade administrativa.  Isso não tem nada a ver com lado pessoal. No ano passado começamos a depositar a parcela de um doze avos refere ao 13º dos funcionários e professores, e só assim eles pagaram. Não sou responsável pela implosão da universidade- rebateu.

Ricardo falou ainda que a Universidade Estadual da Paraíba foi mal projetada e que foi inçada politicamente em governos anteriores.

Segundo ele, os campi foram montados sem ter uma previsão para se manter por pelo menos quatro anos.

*Informações da Rádio Campina FM

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