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Coluna Evangelizar com Padre Zé.

Talvez esta minha reflexão do Evangelho deste domingo do “Bom pastor” te ajude a uma melhor participação  na Eucaristia neste fim de semana!….

 DOMINGO, 29 DE ABRIL DE 2012 – LEIA JO 10,11-18
 EU SOU O BOM PASTOR!

 

                     

 

 

                 Neste evangelho um versículo está bem claro, como age o verdadeiro pastor: Eu sou o bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11) porque o recado não é direcionado apenas aos dirigentes, mas a qualquer cristão que tenha na comunidade alguma responsabilidade pastoral. Na nossa compreensão do dia a dia, alguém que é BOM, é aquela pessoa quietinha, que não tem boca pra nada dizer, que não reclama, não critica, só faz o bem, é muito “boazinha”. Mas o conceito ou o significado de “bom’, neste evangelho, sendo aplicado ao pastor, quer antes de tudo nos mostrar que Jesus, enquanto modelo perfeito de homem, no seu jeito de amar, vai além dos limites da compreensão comum dos homens.

                 Podemos entender melhor esse pensamento na comparação entre o Pastor e o Mercenário, que também é um pastor porém, profissional contratado, uma espécie de empregado, que pastoreava o rebanho apenas pelo salário, tendo certas obrigações e deveres constantes do contrato, por exemplo, diante de algum perigo que rondasse as ovelhas, ele teria que defendê-las porém, desde que a sua vida não estivesse sendo colocada em risco, diante de um leão faminto e feroz, ele podia abandonar o rebanho à sua própria sorte, pois não tinha como enfrentar um leão, ou seja, na defesa da vida das ovelhas há um limite para este tipo de pastor, que leva em conta só o meio de como angariar o sustento para a sua vida.

                   Entretanto, é bom fazer uma pergunta fundamental: quem é que irá contratar um profissional, que trabalhe apenas pelo salário, que apenas faça aquilo que é necessário, ou que apenas cumpra o contrato? Se fosse em um time profissional por exemplo, seria aquele jogador que só entrou para ganhar dinheiro, nunca vai “suar” a camisa, aliás, pois o que está em questão não é a defesa do Time a que pertence, mas o salário do fim do mês.

                     E aquele “agente de pastoral”, ou participante de um movimento, que sempre diz de peito estufado “A minha parte eu sempre faço!”. Esse é o mercenário, que sempre faz o que tem que fazer, e que é sua obrigação simplesmente, apenas o único necessário sem acrescentar algo bem mais valioso na sua missão!.

                    Jesus Cristo, o único e verdadeiro Pastor, apresenta-se como “bom” no sentido de que as ovelhas, cada uma delas em particular, é o alvo de sua atenção, de modo que o seu interesse está voltado totalmente para elas; a vida do rebanho todo e de cada ovelha, é mais preciosa do que a sua própria Vida, e se vier uma matilha de “lobos ferozes, ou um bando de leões famintos”, ele nunca “dá no pé”, mas fica e enfrenta, ainda que esse ato, marcado de um amor extremoso e infinito, represente  o risco e a perda da própria sua vida.

                    Há uma tentação muito grande, de nesse Domingo do Bom Pastor, olharmos para os nossos dirigentes e pastores,  servos de Deus, colocados pela igreja  à frente da comunidade, paróquia ou Diocese, criticar duramente sua conduta e condená-los ao inferno ainda em vida.  Mas pensemos um pouco naquelas ovelhas, numerosas ou não, ou quem sabe apenas uma ovelha, que Deus colocou sob os nossos cuidados, na vida comunitária como  um movimento, uma pastoral  como  a da  família,  a Catequese e afins e a nossa relação com elas, não se modelar em Jesus, o Bom Pastor, o nosso pecado será tão grave como o de quaisquer outras lideranças, pois o que vale aqui não é a quantidade de pessoas confiadas ou ovelhas se quiser dizer, pois o Senhor cobrará de nós  a responsabilidade não importando que seja uma única ovelha a você confiada com afirma o Mestre: “Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas não vai ao encontro da ovelha perdida. E depois de encontrá- la ,a põe nos ombros, cheio de alegria e, voltando para casa, reúne os amigos  e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, pois  achei a  minha ovelha que estava perdida” (Lc15,4-6).

                 Em quaisquer serviços que  assumimos  na comunidade ou igreja, nos tornamos pastores do Grande Pastor das ovelhas a nós confiadas. Leve-se em conta  o pastoreio no âmbito da comunidade ou na igreja doméstica, isto é,  o nosso lar, seja os filhos  ou toda a parentela que nos pertença.

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