A pesquisa pode soar alarmante, mas é realidade. De acordo com os dados divulgados pelo Hospital do Homem, maior serviço público de urologia do Estado, Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, 20% dos pacientes atendidos não permitiram que o médico urologista realizasse o exame físico retal, popularmente chamado de “toque”.Já quando a análise em questão é laboratorial, via exame de sangue, o pedido é bem aceito por todos os homens. O teste de PSA (antígeno prostático específico) mede os níveis desta substância e serve como um marcador biológico no diagnóstico das doenças da próstata, como a hiperplasia benigna (aumento benigno do órgão) ou o câncer de próstata.
Os especialistas relacionam o resultado da pesquisa a questões culturais, que ainda associam o homem ao único provedor da família, forte e imune às doenças. “Não é só preconceito e medo de perder a masculinidade com o exame. O homem não se sente à vontade quando ‘perde’ a sua posição de chefe da família para cuidar de sua própria saúde e iniciar tratamentos médicos”, ressalta o médico chefe do Centro de Saúde do Homem Joaquim Claro.
O câncer de próstata é o mais comum entre os homens e está entre as doenças que mais os mata. O diagnóstico precoce é fundamental no combate a patologia e facilita, inclusive, o tratamento tornando-o menos invasivo. A partir dos 45 anos a realização de um check-up anual vira obrigação para toda a população masculina.
Fonte: Portal Terra