RIO – Em um vídeo nas redes sociais, o candidato derrotado à Presidência Ciro Gomes (PDT), de volta ao Brasil após viagem à Europa, não declarou apoio a Fernando Haddad (PT), como parte da militância de esquerda esperava, e disse que vai “preservar um caminho” para que os brasileiros possam ter uma “alternativa”. O pedetista reconheceu que “todo mundo preferia” que ele “tomasse um lado e participasse da campanha”, mas ressaltou que não o faria.
“Claro que todo mundo preferia que eu, com meu estilo, tomasse um lado e participasse da campanha, mas eu não quero fazer isso por uma razão muito prática que eu não quero dizer agora. Porque, se eu não posso ajudar, atrapalhar é que eu não quero”, destacou.
Logo depois de ter confirmada a derrota no primeiro turno, Ciro Gomes foi questionado sobre a disputa final entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (PSL). Na ocasião, ele sinalizou oposição do militar: ” Ele não, sem dúvida “. Enquanto ainda concorria, o próprio Ciro chegou a dizer que votaria no ex-prefeito de São Paulo caso o petista fosse para o segundo turno em vez dele. O pedetista viajou para a Europa e frustrou a intenção do PT de tê-lo ao seu lado na campanha.
No vídeo deste sábado, o candidato recomendou o voto pela democracia e contra a intolerância. Segundo ele, o Brasil precisa, a partir de segunda-feira, construir “um grande movimento” para proteger o regime democrático e a sociedade mais pobre “dos avanços contra os direitos” e os interesses nacionais “contra a cobiça estrangeira”.
“Quero que Deus abençoe essa grande nação para que todo mundo possa caminhar amanhã a votar compreendendo a necessidade de votar com a democracia, votar contra a intolerância, votar pelo pluralismo, mas ninguém está obrigado a votar contra convicções e ideologias”, disse.