A ladeira de chegada à cidade de Itatuba é um trecho notoriamente íngreme e perigoso, especialmente para veículos pesados. Ao longo dos anos, diversos acidentes ocorreram devido a falhas mecânicas e perda de controle dos condutores. Esta semana, mais um incidente foi registrado: um trator que puxava um carroção carregado de silo perdeu o controle e colidiu contra o muro da Escola Municipal Maurino Rodrigues, antigo CNEC. Felizmente, o acidente resultou apenas em danos materiais, mas poderia ter sido uma tragédia caso houvesse estudantes no local.
O histórico de acidentes nesse trecho preocupa. Em 2020, três ocorrências graves foram registradas: nos dias 2 e 17 de abril e no dia 23 de julho. Em um dos casos, um caminhão desgovernado atingiu a casa de uma idosa de 100 anos. Em outro, um veículo pesado desceu descontrolado, derrubou árvores, bateu em dois carros e colidiu fortemente com uma residência, que ficou parcialmente destruída. Apesar dos sustos e prejuízos materiais, não houve vítimas fatais.
Na época, o Ministério Público, representado pela promotora Dra. Cláudia Cabral Cavalcante, firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Prefeitura de Itatuba, resultando na interdição parcial do tráfego no trecho enquanto se buscava uma solução definitiva. A proposta era a construção de um desvio, mas a obra não avançou devido à dependência de recursos estaduais, inviáveis para o orçamento municipal.
Uma alternativa adotada foi a iniciativa da Indústria Rei de Ouro, que construiu um espaço próprio para carga e descarga próximo ao Alto do Cruzeiro. Isso reduziu significativamente a circulação de caminhões pesados pelo centro da cidade. Atualmente, o tráfego na ladeira foi liberado e o número de acidentes diminuiu, mas o risco ainda existe.
A história mostra que o perigo na ladeira de Itatuba continua sendo uma ameaça constante. Medidas preventivas e investimentos são essenciais para garantir a segurança da população e evitar que novas tragédias ocorram.
#TBT Ingá Cidadão