quarta-feira, maio 14, 2025
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IPC alerta que droga comercializada na PB tem 70% de mistura

Além dos danos causados pela própria droga, a cocaína que está sendo vendida na Paraíba tem 70% de mistura de outros produtos, aumentando ainda mais os males da droga. A estratégia dos traficantes para aumentar o volume da droga e tornar o negócio mais lucrativo tem elevado os riscos que os entorpecentes trazem à saúde dos usuários. No laboratório de toxicologia do Instituto de Polícia Científica (IPC), em João Pessoa, que analisa amostras de todas as apreensões de drogas no Estado, os peritos encontraram misturados ao pó da cocaína, medicamentos triturados, amido de milho, pó de giz, gesso e até vidro triturado.

Segundo o perito Rony Anderson Rezende, chefe do laboratório do IPC, as amostras de cocaína na forma de pó chamam a atenção pelo nível de adulteração. “O pó que está sendo vendido na Paraíba como se fosse cocaína tem apenas 30% da droga. O resto são produtos usados para adulterar o produto”, disse. Entre os adulterantes encontrados estão comprimidos triturados de Paracetamol (medicamento analgésico e antitérmico), Fenacetina (antinflamatório), Lidocaína (anestésico local) e cafeína em pó.

Lesões e coma

Para o professor de toxicologia da Universidade Federal da Paraíba, Hermes Iury Magalhães, a inalação dessas substâncias provoca lesões na mucosa do sistema respiratório e pode causar uma doença chamada Silicose, típica dos trabalhadores em extração de minérios, que agride o tecido muscular dos pulmões e causa o enfraquecimento do órgão, dificultando a respiração. “Essas substâncias não foram desenvolvidas para serem inaladas, por isso causam danos à estrutura do aparelho respiratório”, afirmou.

Se essa cocaína foi aplicada na veia, pode causar danos ainda mais sérios à saúde. “Os atinflamatórios caindo diretamente na corrente sanguínea podem dificultar a coagulação do organismo, fazendo que o usuário passe a sangrar facilmente”, alertou Hermes Iury. Já os analgésicos, se administrados de forma intravenosa pode causar depressão no sistema nervoso, capaz de levar o indivíduo ao coma. “Esses riscos se tornam ainda maiores se o usuário precisar, por algum problema de saúde, fazer uso de algum desses medicamentos”, concluiu.

Leia reportagem completa na edição deste domingo no Jornal Correio da Paraíba

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