Os quartéis generais girassóis estão em suspenso.
Prendem a respiração até domingo, quando o programa Fantástico levará para todo o país com quantos espinhos – a arranhar os interesses públicos – são formados o pacto de sangue entre a gestão de Ricardo Coutinho e a Cruz Vermelha gaúcha.
Sabemos que são muitos.
Espinhos, aliás, que o atual gestor do Palácio da Redenção tenta, com esforço hercúleo, esconder da população.
A gestão de Ricardo tenta, por exemplo, esconder que triplicou a receita do Trauma (passou de 3 milhões médios mensais para quase 10 milhões/mês) e subscreveu contrato onde a Cruz Vermelha fica desobrigada a apresentar dados de produtividade e comprovar gastos feitos com essa dinheirama toda.
Outro espinho que está sob camadas e mais camadas de cortinas de fumaça orquestradas pela mídia oficial é o fato de que a Cruz Vermelha que administra o hospital paraibano é, na verdade, uma versão alaranjada da entidade que – esta sim – tem credibilidade mundial.
Mas, apesar de todo o esforço (que vai desde a proibição de celulares dentro das instalações do Trauma até coação de funcionários) esta é uma cruz que o governo do PSB tem cada dia mais dificuldade de arrastar.
Tarefa que ficará ainda mais pesada neste domingo, quando o programa nacional tratará o Trauma como ilustrativo dramático da precariedade da saúde brasileira, relatando a decisão dos diretores da Cruz Vermelha de reter macas do Samu para evitar que o serviço possa levar mais pacientes para o hospital.
A retenção provocou a morte de um jovem paraibano, que não pode ser socorrido pelos paramédicos do Samu. Eles estavam presos no Trauma, a espera da liberação de suas macas.
Agora é esperar para ver como – ou se – a Saúde estadual justificará a ação criminosa.
Para a imprensa local, quando confrontado com o problema, o secretário de Saúde Waldson de Souza fez o que o governo de Ricardo sempre faz quando a Cruz está na berlinda: tentou blindar a entidade, responsabilizando o Samu pela grande demanda provocada no hospital e ameaçando vetar, daí por diante, qualquer paciente que não tenha o “perfil trauma”.
Por Fabiano Gomes.
Blog do Gordinho