segunda-feira, maio 20, 2024
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Caso Daniel: Mãe de Cristiana Brittes diz em depoimento que jogador foi culpado pela própria morte

Questionada por advogado da família Brittes se Daniel era culpado pela própria morte, Gessi Rodrigues respondeu afirmativamente. Segundo a investigação, Daniel tirou fotos deitado ao lado da esposa de Edison Brittes antes de ser morto.

A mãe de Cristiana Brittes afirmou em depoimento à Justiça na manhã desta quarta-feira (3), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que o jogador Daniel Correia Freitas foi o culpado pela própria morte.

Questionada pelo advogado que defende a família Brittes, Claudio Dalledone, se Daniel havia sido culpado pela própria morte, Gessi Rodrigues respondeu afirmativamente.

Segundo a investigação, Daniel tirou fotos deitado ao lado de Cristiana, no quarto do casal, antes do crime. O delegado que investigou o caso afirmou que não houve tentativa de estupro.

Na sequência do depoimento a mãe de Cristiana afirmou que “isso não é brincadeira que se faz”, e que a filha e a neta são vítimas. “Ele acabou com a minha família. Ela [Cristiana] só estava dormindo, não fez nada”, disse.

Gessi Rodrigues é uma das mais de 40 testemunhas arroladas pelas defesas dos sete réus na audiência sobre o homicídio do jogador.

atleta foi morto em outubro após a festa de aniversário de Allana Brittes, filha de Edison e Cristiana Brittes. Na época, Edison disse à Polícia Civil que cometeu o crime porque Daniel tentou estuprar Cristiana.

Nesta terça-feira (2), o pai de Cristiana depôs à juíza da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, Luciani Martins de Paula, e afirmou que se fosse pai de Daniel, teria dado outra educação ao jogador. “Eu diria pro meu filho: ‘nunca vá na cama de uma mulher casada'”, afirmou.

Prisão de Allana

A defesa da família questionou a mãe de Cristiana se a liberdade de Allana traria riscos ao processo e se a filha de Edison Brittes poderia coagir alguma testemunha caso não estivesse presa, e Gessi afirmou que Allana “jamais faria isso”.

O advogado Nilton Ribeiro, que atua como assistente de acusação, questionou se Gessi sabia que Allana tinha mandado mensagens para a família de Daniel após a morte do atleta.

Segundo a polícia, Edison Brittes chamou pessoas que estavam na festa para uma conversa em um shopping — Foto: Reprodução/RPC

Segundo a polícia, Edison Brittes chamou pessoas que estavam na festa para uma conversa em um shopping — Foto: Reprodução/RPC

A avô da jovem disse sabia, mas que Allana não iria “falar do pai” e repetiu que o jogador “desrespeitou” a família Brittes.

Seis dos sete réus estão presos desde novembro. São eles: Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King e David Willian Vollero Silva.

Evellyn Perusso, acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa, é a única que responde ao processo em liberdade.

Depoimento da mãe de Evelllyn

A mãe de Evellyn foi outra testemunha ouvida na manhã desta quarta-feira. No depoimento, ela falou o que a filha contou dias após o crime.

Rosângela Brisola Machado afirmou que Evellyn ajudou a limpar a casa da família Brittes após as agressões ao jogador porque Edison Brittes mandou que todos ajudassem.

A mãe da jovem também afirmou que Eduardo Purkote, um dos rapazes que estava na festa na casa da família, ajudou nas agressões a Daniel e só não entrou no carro de Edison Brittes porque o irmão dele não permitiu.

Eduardo Purkote foi indiciado por lesão corporal grave, mas não foi denunciado pelo Ministério Público e não é réu no processo.

Veja a lista com sete réus no processo e os respectivos crimes

  • Edson Brittes Junior: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, coasão de testemunha e corrupção de menor;
  • Cristiana Brittes: homicídio qualificado por motivo torpe, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de menor;
  • Allana Brittes: Fraude processual, coação de testemunhas e corrupção de menor (preso);
  • Eduardo da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor (preso);
  • Ygor King: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor (preso);
  • David William da Silva: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa (preso);
  • Evellyn Brisola Perusso: denunciação caluniosa e falso testemunho (responde em liberdade).

O que dizem as defesas

Em nota, a defesa da Familia Brittes informou que vai se manifestar sobre todas as provas judicialmente produzidas ao final da fase de audiência.

A defesa de Evellyn Perusso informou que a jovem foi testemunha dos fatos, não participou da morte do jogador Daniel e que “sua inocência será comprovada”.

A defesa de Eduardo da Silva informou que vai provar que o jovem participou unicamente das lesões corporais realizadas na casa da família Brittes e que não contribuiu com qualquer ação na morte do jogador Daniel.

A defesa de Ygor King e David Willian afirma que os dois participaram das agressões, mas não da morte do atleta, e que isso “já ficou nos depoimentos das testemunhas de acusação”.

G1 tenta contato com a defesa de Eduardo Purkote, citado em um dos depoimentos.

Relembre o caso

Daniel foi morto após participar da festa de aniversário de Allana Brittes, que começou em uma boate e terminou na casa da família Brittes.

A defesa de Edison afirma que Daniel tentou estuprar Cristiana e defende que o réu matou o jogador para defender a mulher. Para o Ministério Público e Polícia Civil, não houve tentativa de estupro.

Seis dos sete réus estão presos desde novembro. Evellyn Perusso, acusada de falso testemunho e denunciação caluniosa, é a única que responde ao processo em liberdade.

G1

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