Segundo denúncia, Bola foi contratado por homem que descobriu traição da esposa. Crime ocorreu em 2009 no bairro Juliana, em BH.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado com o goleiro Bruno Fernandes pelo assassinato de Eliza Samudio, deve ser julgado nesta quarta-feira (10) por mais um homicídio. De acordo com o Fórum Lafayette, de Belo Horizonte, ele e o comerciante Antônio Osvaldo Bicalho são acusados de matar o motorista Devanir Claudiano Alves em 2009 no bairro Juliana, Região Norte da capital mineira. O julgamento será no 3º Tribunal do Júri.
Segundo denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, Bola foi contratado pelo comerciante, que teria descoberto um relacionamento extraconjugal da esposa com a vítima. Ainda de acordo com a denúncia, Bola teria executado Alves perto da casa dele no bairro Juliana.
Marcos Aparecido e Bicalho foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, mediante promessa de recompensa e com dificuldade de defesa para a vítima.
De acordo com um dos defensores de Bola, Zanone Manuel de Oliveira Júnior, ele é inocente e não foi o autor dos disparos.
Segundo o Fórum, Marcos Aparecido atualmente está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, na capital.
Eliza Samudio foi morta em 2010 e o corpo ainda não foi encontrado. — Foto: Reprodução/GloboNews
Caso Eliza Samudio
Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.
A ex-mulher do atleta, Dayanne Rodrigues, foi julgada na mesma ocasião, mas foi inocentada pelo conselho de sentença. Macarrão e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, já haviam sido condenados em novembro de 2012.
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos foi condenado a 22 anos de prisão. O último júri do caso foi realizado em agosto de 2013 e condenou Elenilson da Silva e Wemerson Marques, o Coxinha, por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza Samudio com Bruno. Elenilson foi condenado a 3 anos em regime aberto e Wemerson a dois anos e meio também em regime aberto.
Assassinato de carcereiro
Marcos Aparecido foi condenado pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo. O crime ocorreu em 2000, em Contagem, na Região Metropolitana. Em novembro de 2012, o réu havia sido absolvido da acusação de homicídio, mas o Ministério Público de Minas Gerais recorreu da decisão argumentando que o conselho de sentença decidiu de forma contrária às provas contidas no processo. O recurso foi aceito pela Justiça, e por isso, Bola foi julgado novamente. De acordo com Zanone, a defesa recorreu desta condenação.
G1