Não é novidade pra ninguém que o lixo tomou conta de Campina Grande. Tanto que a primeira medida a ser adotada pelo prefeito eleito Romero Rodrigues (PSDB) assim que assumir é a realização de um “mutirão da limpeza” na cidade.O problema parece, mas não deve ser tão simples assim de resolver. Pior do que ter muito lixo pra retirar e não ter pra onde levá-lo. E é o que está acontecendo com Campina.
Sem receber pagamento da prefeitura, a empresa que cuida do novo aterro sanitária de Campina Grande, inaugurado no dia 4 de janeiro deste ano, encerrou suas atividades, fechando o local. De acordo com informações de representantes da empresa, são quatro meses sem receber, tornando impossível a continuidade do trabalho.
O novo aterro de Campina Grande, que fica próxima a Puxinanã, foi anunciado como grande obra da gestão de Veneziano Vital do Rego, apesar da contestação de entidades ambientais e até decisões judiciais contrárias. Com ele, o prefeito anunciava o fim do antigo lixão da cidade.
Sem ter hoje pra onde levar seus resíduos solos, Campina corre o risco de virar um grande lixão, obrigando a nova gestão a tomar posse com nariz tapado pra não engasgar.
Faz lembra discurso encorajador de um colonizador espanhol nas terras do México ao anunciar minutos antes de uma batalha que, mesmo mortos em combate, os seus soldados possam feder ao ponto de tornar insuportável o ar dos adversários vencedores.
Luís Tôrres